sexta-feira, 26 de junho de 2015


A Ciência Moderna e a Consciência Humana estão mais perto do Óbvio

Dr. Gutembergue Livramento

Quanto mais nos desenvolvemos e estamos aparentemente com maior capacidade tecnológica para a ciência, maior quantidade de conhecimentos gerais e a globalização com multiplicação rápida na velocidade de trocas de informação, o homem contemporâneo chega mais perto daquilo que sempre foi preconizado pelas civilizações antigas como os chineses, indianos, maias, astecas, incas, egípcios, persas, fenícios, mesopotâmicos, dentre outros. A linguagem mudou, pois um dia chamamos de Essência Primordial, Energia Cósmica e Vazio Criador, outro dia chamamos de Energia Nuclear, Cromossomos e DNA, Teoria da Relatividade de Einstein, fórmula de Planck e Energia Vibracional.

Muitos pensam que o conhecimento antigo é arcaico e sem valor, pois acreditam que estamos no pico do desenvolvimento na atualidade, não é verdade, porém certamente mudou-se a linguagem, mas o conhecimento essencial sobre as leis universais que regem o homem e seu mundo já estavam aclaradas há muito tempo. Passou pelo terror da manipulação do conhecimento na idade média e a morte daqueles com paradigmas diferentes da Igreja e do Estado. Temos hoje muito conhecimento e pouca sabedoria pelos véus impostos pelos paradigmas modernos sejam religiosos, políticos ou sociais. A Igreja e o Estado continuam ditando os paradigmas e ainda a "Inquisição" se faz para aqueles que buscam a mudança de atitude e paradigma na ciência e fere interesses das grandes instituições gerando uma nova "pena de morte" que é a falta de incentivo a algumas pesquisas que "não interessam", deslocamentos de professores para áreas onde são menos inconvenientes e assim por diante.

De forma essencial, na sua a maioria, as sabedorias antigas são mais claras que na atualidade pois o embotamento atual da percepção para tudo que não seja um evento linear como a física newtoniana, é ainda extremamente contundente mesmo com os eventos discutidos pela ciência quântica e vibracional. Mas há indícios de mudança substancial.

O que se pode questionar é a origem de tamanho conhecimento antigo que hoje, em muitos casos parecem ser mais apurados que os mais novos elementos da física e da matemática. Sob que base estes conhecimentos se firmaram e qual a sua origem? Certamente há raízes pré-históricas e até, quiçá, de outras civilizações que não conhecemos. Se hoje em dia aviões desaparecem sem deixar pistas com toda a tecnologia de buscas que possuímos imagine o que pode está escondido sobre as civilizações antigas e seus conhecimentos até em era pré-histórica?

 Voltar a buscar e reconectar este conhecimento não é retroceder quando se sabe que não há início nem fim de nada para o conhecimento da essência da sabedoria. Pois o conhecimento está disponível no campo vibracional ao nosso redor. Povos de diferentes regiões chegaram às mesmas conclusões sobre o comportamento do universo na antiguidade. As noções dos números 10 e do 12 representando padrões cíclicos da natureza, por exemplo, é comum em várias civilizações mesmo sem comunicação entre estas. Da sabedoria dos chineses e indianos muito antigos passando pela concepção helenistas, até o conhecimento árabe e romano. 

É possível que este conhecimento mais sutil e não linear de civilizações antigas deem substratos importantes para sairmos do funil imposto pela ciência linear e cartesiana moderna. Com este conhecimento é possível talvez compreender melhor quem somos e qual o nosso papel neste planeta. Certamente será diferente das guerras religiosas e políticas separatistas com a exclusão do mais fraco em prol do poder oligárquico. Talvez possamos recuperar nosso instinto de Ser Humano no sentido mais amplo. Somar para conquistar e mais respeito e amor pelo outro e pela humanidade, pois, a falta destes sentimentos está atolando o mundo em misérias.

Diz-se que temos a melhor tecnologia e ciência que outrora. Que melhor ciência e tecnologia são estas onde grande parte do nosso povo não tem o que comer e que as pessoas passam a temer as outras em relacionamentos distantes e frios? Onde a família está enfraquecida e os professores não são as peças fundamentais da construção de uma sociedade eficiente. Onde se faz guerra por ideal de impor sua cultura e pensamentos paradigmáticos sob outra cultura. Onde pessoas podem ser escravizadas não somente escravidão dos corpos, mas muitas vezes da alma que é ainda pior, possivelmente. Que tempo é este que se mata por motivo algum e a valorização da vida parece se desfazer para mentes ordinárias e completamente embotadas? Que tempo é este que as universidades estão enfraquecidas já que alunos fingem que aprendem e professores mal remunerados e sem esperança fingem que ensinam? O que esperar de um futuro quando pais e filhos se matam e professores desistem de ensinar suas “pérolas” do conhecimento? O que esperar da saúde se as indústrias farmacêuticas monopolizam o conhecimento e determinam fórmulas de manter o indivíduo vivo, porém, doentes para seu próprio benefício? O que esperar de uma sociedade onde os governantes e políticos são em sua maioria corruptos e/ou corruptores manipulando a baixa escolaridade do povo, usando para se beneficiar aqueles famintos ou preguiçosos capazes de trocar seu voto por um prato de comida e que recebem esmolas/bolsas do governo sem falar nos analfabetos funcionais que apesar de saber ler mas não conseguem interpretar o que leem, tudo para se manterem no "poder"? Onde está o poder mesmo? Onde se governa desgraçados e embotados da transformação do conhecimento sutil e sublime do Ser e sua relação primordial com o conhecimento pleno da Natureza essencial, aqueles que são ignorantes mesmo com títulos universitários superiores como mestrados e doutorados. 
   
Penso que precisamos ordenar o foco. Tirar o foco de nossas necessidades ilusórias e perceber que nossas mentes, em sua maioria, não percebem adequadamente a realidade e que é preciso investir na ampliação da consciência e de percepção com subsequente mudança de paradigmas. As necessidades ilusórias são aquelas impostas pela indústria, pelas religiões, pela economia, pela política, pelos vendedores de festas e luxúrias, músicas com repetição e apelos que fragilizam o Ser mas anima e diverte a mente limitada a desgraça vivida no dia-a-dia, pois estas não edificam o espírito muito menos ampliam a consciência, pelo contrário, embotam e geram cortinas para a mente e a condiciona para o interesse de quem vende e manipula e nunca para a ampliação da percepção e conquista da liberdade real de escolhas.

O tempo e os interesses mudaram a interpretação dos conceitos e percepções antigos. Como há diversas possibilidades da mesma conjunção de elementos materiais pode haver diversas interpretações todas com uma lógica interessante que varia no tempo e espaço da consciência daqueles que buscam encontrar respostas sejam científicas ou não. A ideia que as civilizações antigas são antiquadas e arcaicas é o mesmo que dizer sobre uma música ou vestimenta que está fora de moda. Naquele momento já não é aquela escolha da possibilidade que interessa naquele tempo e espaço, mas sim, outra. Isto não quer dizer que algo seja verdadeiro hoje e falso ontem. Ambos os momentos são apenas possibilidades.

O que talvez seja útil se lembrar é que as civilizações antigas tinham menos informações e deformações, mas tinham mais intuição e outro nível de poder ainda incompreensível ao mundo moderno. Há civilizações que construíram pirâmides, muralhas, e outras maravilhas da humanidade que hoje com toda tecnologia não há como refazer com os mesmos materiais e mão-de-obra. Há relatos de cirurgias de crânio e outras há mais de mil anos atrás, e até mais. Há dados significativos para percepções da realidade ainda mais avançadas que temos hoje com a física quântica e vibracional. Tudo isto, teoricamente, com menor quantidade de informações lineares. Mas havia uma matemática intuitiva fenomenal e conhecimentos com percepções refinadas da energia cósmica e telúrica. Significa que todo o conhecimento está disponível o tempo todo e sempre estará nas entranhas de cada “suspiro” de cada canto do universo. A diferença está no estímulo dado à consciência sendo que a produção final do conhecimento é limitada a sua interpretação pelo prisma dos “olhos” daqueles que ver; porque aquele que ver constrói também uma “realidade” e a transforma. Por vezes pode se ver mais quando fechamos os olhos e abrimos a consciência sutil do que quando se está de olhos abertos e a consciência embotada. Pois os olhos são expansão do paradigma da mente limitada. Somente se vê aquilo que se cogita, tudo o mais será filtrado e negado. Por isso a expansão do conhecimento poderá ser linear, mas se uma mente se libertar do linear expande para uma nova reconstrução e percepção daquilo que antes não poderia se conceber. 

A humanidade tema em andar como uma "boiada" quando vez por outra alguma mente "não linear" se desgarra e gera uma heresia que, muitas vezes, se torna a ortodoxia ali adiante. 

Há uma realidade construída pela consciência universalizada/globalizada. Todos acabam pensando as mesmas coisas sobre uma determinada hipótese. Estarão mais perto da verdade certamente aqueles que conseguem se abstrair deste pensamento universalizado, pois frequentemente aqueles que seguem este pensamento globalizado estarão sendo estimulados para interesses diversos de dominadores/manipuladores do conhecimento, como as igrejas, as indústrias, o Estado, as Universidades, dentre outros, que certamente não é a visão clara e verdadeira do contexto e sim, uma versão. E as versões são comprováveis já que por vezes são facetas da realidade. 

A clareza da verdade é pouco interessante para os grupos de domínio, mas algumas facetas sim. Porque a verdade traz poder para aqueles que a possuem e tiram daqueles que usurpam o poder a possibilidade de controle das consciências alheias para manipular seu jogo de interesse. 

Mesmo que não percebamos como maioria há um grande processo indutivo daquilo que todos pensam ao mesmo tempo. A mídia, os governos, as igrejas, etc. Na maioria das vezes a maior parte das pessoas não consegue pensar fora deste contexto induzido. E isto inclui cientistas, estudiosos ou incultos. Não tem nada a ver com inteligência, tem a ver com genialidade da liberdade da consciência ou um grande salto fora da realidade construída pelo “ajuste” da percepção de outro nível de sintonia. Mas há uma sintonia/faceta prevalente e induzida onde quase todos estão. E esta é capaz de direcionar o mundo visível como se fosse a única verdade, a única realidade possível. 

Digo que a "realidade" do Universo não importa, mas sim como todos a percebem pois isto torna menos ou mais construtivo a vida de cada um e a Humanidade como um todo. Para alguém deprimido e triste nunca se conseguirá mostrar a profunda beleza de um simples olhar para um mar tranquilo e um pôr do sol ao seu fundo. Apesar de belo alguns não conseguirão ver nem usufruir desta beleza. Para o estágio de percepção da maioria não há verdades, e sim possibilidades que estão sendo construídas e desconstruídas a mercê de interesses e capacidades daquele momento.

A mente incomum, a indução da meditação profunda, a alteração da consciência a partir da respiração e outros processos vibracionais podem alcançar sintonias além daquelas impostas globalizadas e assim perceber o óbvio novamente. O óbvio e verdadeiro conhecimento está certamente fora da sintonia prevalente no mundo pelo simples fato de não interessar aos manipuladores da realidade, e isto inclui a ciência.

Estamos correndo atrás do próprio “rabo” e a única coisa que conseguimos provar, mesmo “cientificamente”, é aquilo que queremos provar e isto é revestido de uma matemática estatística elaborada, porém limitada, pois é linear, e ensaios clínicos randomizados que parecem dispor as peças do “jogo” de forma aleatória. Nada é tão aleatório quanto pensamos, pois tudo sempre será induzido por alguma consciência de “verdade/possibilidade” presente direta ou indiretamente no “jogo”. Provamos sempre o que de alguma forma acreditamos, mesmo que inconscientemente, e descartamos aquilo que não supomos ou mesmo não queremos aprender. Na ciência permeia-se o fato de que se é verdade aquele conhecimento pode ser reprodutível por outros experimentos. Mas se a consciência de quem pesquisa age nas probabilidades do resultado como isto é realmente possível? Mesmo que seja reprodutível linearmente algum dia aquilo se quebrará pois alguma mente mostrará que era somente uma faceta do conhecimento mas ainda não a realidade deste. O conhecimento é real mas é apenas uma faceta de uma realidade.
E assim caminha as mentes na humanidade. 

O continuísmo da indução das possibilidades vigentes, a manutenção da realidade imposta e globalizada, é uma prova de que mesmo sabendo que tudo muda o tempo todo na relação espaço/tempo, é sempre interesse de alguns grupos que aquela realidade seja imposta como única para que determinados conhecimentos e patentes ganhem notoriedade e diferenciação de reconhecimento da sociedade humana. Acontece ilusoriamente com toda classe dominante aceita pela sociedade como “Top” a exemplos de algumas profissões do mercado de trabalho, religiões, políticas, etc. Nada é mais importante que outra coisa (profissão, política, religião) porque na maioria das vezes são apenas imposições da percepção e estão tão longe do óbvio e da verdade que chega a ser patético. Dita-se ao longo de interesses quais são as melhores profissões, as melhores políticas ou as melhores religiões. Tudo é mentira. Não há nada realmente melhor mas sim, mais adequado à "realidade" vigente.

A história mostra que há sempre um domínio econômico, religioso, político ou bélico construindo os “fatos”  e então gera o domínio e sua noção limitada/parcial de realidade e a luta constante para continuar impondo-as até quando for superados por outra faceta que tenha mais poder e construa sua própria realidade. As profissões, por exemplo, o médico, o engenheiro e o advogado há muito se tornaram profissões de destaque almejadas por pessoas. Mesmo intuitivamente todos sabendo da importância de outros profissionais mas se passou todo um século XIX e XX com esta noção de poder para estas profissões sendo que a maioria credita a estes profissionais um poder de reconhecimento mesmo que seja apenas uma indução dos grupos dominantes onde os mais ricos se tornaram e dominaram estas profissões e por isso se tornaram produtos de sucesso e por vezes mais bem remunerados que outros. Veja que hoje a situação já mostra mudanças e tentam enfraquecer a figura do médico exacerbando sua fraqueza quanto a relação com a doença e o doente, seus limites quanto a cura de doenças crônicas, relação conturbada médico/paciente, atendimentos distantes e frios, falta de confiança no diagnostico tendo que procurar diversos profissionais para “fechar” aquele caso,  e na verdade o foco hoje não interessa o médico forte para pensar nas diversas possibilidades e ir de encontro as indústrias farmacêuticas e sim, um médico que esteja nas mãos destas indústrias onde estas induzem um mal ensino médico espoliando as Universidades que prevaleça nelas sua filosofia de medicar a doença vendendo medicamentos, prótese e material cirúrgico. Um médico fortalecido com visão aberta multidisciplinar e multiprofissional não interessa as indústrias. 

Assim como outros grupos induzem a sociedade a pensar que todo advogado é “esperto” e tentam tirar algo de todos para seu próprio bem e assim por diante o que difere certamente da época de Ruy Barbosa e outros gênios. Mas isto impõe uma “faceta” da realidade e torna verdade em pouco tempo sem que a maioria das pessoas perceba a manipulação dos grupos dominantes enfraquecendo ou fortalecendo uma ideia pela visão induzida e parcial da realidade tornando-a globalizada decretando o que é o paradigma vigente e todos os pensamentos fortalecem a mesma ideia ratificando-a e globalizando-a mesmo que seja apenas uma faceta.  

Está na hora de investirmos em gerar novas consciências na busca de uma verdade mais pura que traga sustentabilidade. Nenhuma verdade pode ser uma “Verdade” quando esta traga opressão, fome, pobreza, desequilíbrios entre os homens, domínio de território político ou religioso, doença e tristeza como as classes do poder atual que dominam a economia, a medicina, as religiões, a política, as indústrias (medicamento, guerra, cigarro, alimento e outras). Estas são contribuições substanciais para o desequilíbrio do mundo, pois mantêm todo um planeta dentro de uma sintonia indutiva de uma falsa realidade onde tudo que se procura se encontra, desde que na frequência de realidade (ou faceta da realidade) que beneficie a manutenção de seus poderes. É difícil sair desta frequência, mas é possível. Sair desta frequência é o caminho para a reconstrução de um mundo em equilíbrio, aquele mundo onde as forças da fenomenologia das induções cósmicas e telúricas (do Céu e da Terra) sejam as indutoras das frequências/vibrações possíveis. Com isto estaremos mais perto do óbvio que outrora estávamos com as civilizações antigas.

Hoje tentam fazer todos cada vez mais distantes entre si e de si mesmo. Quanto mais desconectados mais fácil será de manipular as sintonias prevalentes. As famílias já estão enfraquecidas e os barulhos, luzes entorpecem na música de péssima qualidade, nos jogos, nos carnavais, nos shopping centers e ambientes da web ou cibernéticos de dissociação como o próprio mundo virtual com aplicativos cada vez mais isolantes do calor humano. Temos pouco tempo para vencermos esta dissociação se não será tarde demais.
Ninguém executou cientistas do passado pensando que estes estavam certos por afirmarem que a Terra era redonda e não era o centro do Universo, por exemplo, e mesmo assim acharam que mereceriam morrer. Pelo contrário achavam que era uma heresia e que os visionários estavam absolutamente errados. Os mandantes das execuções como a Igreja e o Estado certamente tinham informações que os visionários poderiam estar certos, por isso foram mortos, os executores carrascos não enxergavam isto, pois estavam ludibriados pela consciência globalizada da sintonia induzida pelas instituições do Estado e da Igreja. E por mais absurdo que hoje pareça acreditavam que estavam certos. Imagine os absurdos que acontecem hoje e que muitos lutam fervorosamente para impor uma "verdade" parecendo ter todas as evidências científicas e logo, quando a direção da busca muda junto com a sintonia, ou necessidade, descobriremos o engodo.

Nada é mais transformador que ser levado a retirar estes véus e tornar consciente quem somos nós e qual o nosso papel dentro desta realidade atual de nosso planeta. Esta consciência do pertencer a cada parte da matéria molecular e atômica que constitui o corpo físico e as vibrações que emanam e reverberam formando outros corpos do mesmo Ser. Do pertencer à mesma energia que forma tudo no Universo, que deu origem a tudo, e que a nossa vibração consciente ou não, pode alcançar a informação, pelo menos, desta esfera de conhecimentos e possibilidades.

Isto tudo não tira a necessidade da ciência, pelo contrário, a fortalece. Somente não se pode usá-la sem uma busca concomitante da ampliação da consciência não linear. Que a subjetividade ganhe espaço pois os gênios são favorecidos quando estão libertos de amarras e imposições. Deixemos os gênios serem geniais.

Quando se abre os olhos percebe-se que as manifestações visíveis podem ser alteradas a partir desta realidade da consciência “maior” ou, o que é frequente, a consciência globalizada naquele tempo e espaço por todos os seres que se interagem limitadamente naquele momento pode trazer a sua impressão novamente, por vezes caótica, da realidade fazendo sua mente ser mais uma mente que afirma que a realidade está limitada por aquilo que é dito e sentido por todos. Quer dizer, quando se abre os olhos ou se é trazido para a percepção universalizada novamente ou se dá um salto fora dela.

As pessoas dizem que não aceita a violência do mundo atual, mas se mantém conectados a esta. Fazem passeatas e discursos pela não violência, mas raramente faz o mesmo pela paz. Não se percebe que a violência muitas vezes parte da própria atitude e que no exterior reflete o estado dos interiores de todas as pessoas que fazem parte desta consciência globalizada. Na verdade não existe “fora” nem “dentro” tudo faz parte da mesma emanação vibracional. É somente uma ilusão de espaço e tempo.

É uma globalização da consciência. A consciência do que é bom ou ruim, ou até mesmo a forma de “ver” as manifestações é induzida fazendo com que as pessoas tenham a sensação de estarem escolhendo e que são livres, mas, na verdade, são totalmente prisioneiras de conceitos e ideias já pré-estabelecidas deturpando a realidade e conjecturando facetas condizentes da realidade dentre suas infinitas possibilidades. Não importa o nome, mas sim, a essência, a verdade maior por trás de conceitos que somente trazem véus cortinadores sobre a mente ávida por somar conhecimentos e não por atingir a sabedoria. Atingir a sabedoria está mais perto de destituir nossas impressões e encontrar a Verdade que impregna a matéria visível. A matéria visível é uma impressão da realidade que está além da conjunção e arrumação da massa de átomos, mas sim, mais perto da assombrosa possibilidade de construir e desconstruir, a partir daquela mesma matéria visível, onde a cada interação que o homem faz se modifica a mercê de sua própria ideia de realidade e esta se adaptando a sua incongruência e limite do pensar e ver.

O limite não está na matéria vista e sim naquele que a vê, que a transforma sob suas impressões da realidade, sua consciência, se afastando da verdade implícita por detrás, e adiante assim como inerente à luz formadora das formas modificáveis. Vê-se as impressões sobre as coisas e fatos, mas não as coisas e os fatos em sua essência e face verdadeira. A Verdade sobre a emanação e construção dos fenômenos da matéria, visível ou não, é o objeto final da consciência expandida: O Óbvio.

Como diz Bashar “A realidade física é um reflexo do seu estado de Ser, do seu estado de Consciência. De fato, não existe nada “do lado de fora de você”, pois você não está dentro da realidade física. A realidade física está em você, está na sua Consciência”.

Mesmo que ainda distantes estamos cada vez mais perto, até cientificamente, do óbvio. Esta obviedade foi percebida há milhares de anos em nossa humanidade por povos antigos e muito mais sensíveis. Hoje com a nova expansão da consciência, cósmica e científica, teremos a oportunidade de encontrar o óbvio e, se a ignorância humana nem sua prepotência "falar" mais alto, poderá se tirar enorme proveito e entender, por exemplo, que a medicina ocidental moderna constituída é altamente tecnológica porém arcaica, invasiva e linear. Os proveitos da nova medicina estão sob forte interferência sejam estas medicamentosa, cirúrgica, mas frequentemente invasivas. Enquanto imperar este pensamento mecanicista e linear teremos curas espetaculares com a nova tecnologia e ao mesmo tempo doenças novas, geralmente do psiquismo e da alma, ridicularizando esta mesma tecnologia. Não se manipula a fumaça com brutalidade e intervencionismo. É necessário perceber que as modificações estão no cerne do ser humano. Isto não é apologia ao que é natural como muitos dizem, esta é uma apologia ao que é essencial. Natural ou químico industrializado não importa muito e sim o uso que se faz disso. A intenção por traz da matéria modifica a ação da matéria e assim modifica o resultado.

Caracterizando e exemplificando uma experiência da realidade: Como estudante da genética desde meu primeiro curso na UFBA em biologia me pareceu óbvio que enquanto pequena parte do DNA estava "ativa" em sua decodificação para a proteína final, o restante do genoma servia como acúmulo de informação sutil e vibracional gerando modificações na atividade dos Genes ou possibilidades.  Não há verdades fixas, nem nos genes, e sim possibilidades. Possibilidades infinitas que podem levar a doença ou a cura. Pode se curar através de qualquer vibração desde que esta seja correta. Pode ser uma química, uma agulha, um Qigong, uma Ioga, uma meditação ou uma palavra. Desde que seja usada corretamente em seus aspectos vibracionais. Qualquer técnica será apenas uma técnica por melhor e mais abrangente que seja. Viver o que está além da técnica é encontrar sua função vibracional na raiz da matéria. Somente assim encontraremos o poder da cura seja lá qual for a aparente técnica. A Medicina é uma arte. Seja chinesa ou ocidental. Nunca será uma técnica eficiente. A dificuldade de se fazer uma medicina/arte é que estamos cheios de técnicos dentro dos jalecos e supervalorizando os títulos de mestrado e doutorado e por vezes perdendo a simplicidade da educação da consciência. É bom sempre lembrar que a dificuldade não está nem no jaleco nem nos títulos mas sim da percepção de temos da realidade. Veja que o mundo nunca foi tão doente quanto hoje apesar da alta tecnologia. Trata-se por vezes o corpo mas a alma clama por cura. A depressão cresce assustadoramente e causando mortes. A cura não se faz com drogas, apesar de sua importância para a manifestação da doença quando bem aplicada sem excessos, mas se faz pela recuperação da capacidade intrínseca do Ser em precipitar a ação da atividade das informações vibracionais corretas no mais íntimo do seu sistema. Há várias facetas aí. Em termos celulares e moleculares podemos entender a mudança vibracional no genoma. É um processo de frequências vibracionais que antecedem a projeção da matéria construída a partir do genoma. O uso da droga farmacêutica atinge, em sua maioria, o processo em andamento e não sua origem. Por isso não cura a essência mas, palia a manifestação da enfermidade. Mantém o indivíduo vivo mas não saudável. 

A Medicina do futuro, espero que próximo, tende a ser cada vez mais vibracional utilizando este conhecimento para reestruturar as informações primárias na construção e reconstrução das matérias vivas. O que mantém a vida não é a química mas sim a informação vibracional que precipita a química. Boa informação boa química. Este conceito vibracional/informacional está mais próxima do conceito milenar de Qi pelos chineses e Prana pelos indianos. Isto é assunto para um próximo texto. 

Como diz Buckminster Fuller "Você não muda as coisas lutando contra a realidade atual, para mudar algo é preciso construir um modelo novo que tornará o modelo atual obsoleto". 

Abaixo com uma discussão interessante, mas ainda, é uma faceta da realidade. 

Gutembergue Livramento
Pratica a arte da Meditação deste a adolescência inicial.
Mestrado em Medicina (Brasil)
Mestrado em Medicina Chinesa (China)
Estudioso e Pesquisador da Medicina e Saúde Humana. 

Um comentário:

  1. Muito obrigada mestre pelo excepcional texto!!! Claro,filosófico, biológico, quântico, histórico, milenar, atual e integrativo.
    Vida longa ao Sr. e à Nossa Escola Ibrapeq!
    "Temos hoje muito conhecimento e pouca sabedoria".
    "Deixemos os gênios serem geniais"!!!

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