Você não está doente, está com sede!
Não trate sede com
medicamentos.
“O Seu Corpo
Grita Por Água”
(Dr. F.
Batmanghelidj)
Quando o corpo está desidratado, independente de
se haver estabelecido um grande decréscimo na necessidade do consumo de água,
um sistema de racionamento e distribuição da água disponível no corpo se torna
operante, de acordo com um programa de prioridade – o que seria uma forma de gerenciamento da seca.
Está cientificamente comprovado que a histamina
dirigida e operada pelo sistema neurotransmissor se torna ativa e aciona os
sistemas secundários que estimulam o consumo de água. Esse sistema também
redistribui a quantidade de água em circulação ou que pode ser desviada de
outras áreas. Os sistemas secundários empregam Vasopressinas, Renina-angiotensinas
(RA), Prostaglandinas (PG) e Quininas como
agentes intermediários.
A partir do momento em que o corpo não tem uma reserva de água à qual recorrer, ele opera em
um sistema de distribuição prioritária para a
quantidade de água disponível ou que tenha sido fornecida pela ingestão.
Foi mostrado em espécies anfíbias que as reservas
de água histamina e seu ritmo de produção estão em níveis mínimos. Nessas
espécies, a geração de histamina se torna estabelecida e se acentua sempre que
o animal está desidratado.
Estabelece-se um aumento proporcional na taxa de
produção e armazenamento do neurotransmissor histamina, para que a água
disponível nos animais desidratados possa ser regulada – o que seria um
gerenciamento da seca. A histamina e seus reguladores de ingestão de água – prostagladinas,
quininas e PAF – também causam dor quando atravessam os nervos transmissores da
dor no corpo.
A referida mudança de paradigma na medicina
estabelece dois pontos principais que têm sido desconsiderados até então. O
primeiro, que o corpo pode ir se desidratando à medida que avançamos na idade.
Está se tornando óbvio que, pelo fato da sensação de sede diminuir natural e
gradativamente com a idade, o nosso corpo se torna cronicamente desidratado na
fase adulta. Com o avanço da idade, o conteúdo das células do corpo diminui ao
ponto de se tornar inferior à concentração existente fora das células. Desde
que seja a água que ingerimos que promova a função da célula e suas
necessidades de volume, um consumo de água insuficiente afeta a eficiência da
atividade celular. O resultado dessa desidratação crônica são sintomas que se
assemelham aos de muitas doenças, e como não são compreendidos como sinais de
desidratação, os gritos urgentes do corpo por água são diagnosticados como
anormais e tratados com medicamentos. Ao
mesmo tempo, essa nova visão não considera a “boca seca” como o único indicador
de sede do corpo.
O segundo,
quando a produção de histamina e seus reguladores de água se tornam
excessivamente ativos, a ponto de causar alergias, asma e dor crônica em
diferentes partes do corpo, esses sintomas podem ser traduzidos como um sinal
de sede – uma variação dos sinais da crise pela escassez de água do corpo.
Essa mudança de paradigma vai tornar possível
reconhecer muitos e variados sinais de desidratação local ou generalizada do
corpo.
A adoção desse “novo paradigma” dita que dores
crônicas no corpo que não podem ser facilmente explicadas como dano ou
infecção, deveriam ser inicial e primeiramente investigadas como sinais de
escassez crônica de água na área onde está a dor – “sede local”. Esses sinais
de dor devem ser primeiramente, considerados como indicadores primários de
desidratação do corpo, antes que qualquer procedimento mais sério seja aplicado
ao paciente. Dores não infecciosas
recorrentes ou crônicas precisam ser consideradas inicialmente como indicadores
de sede do corpo.
O não reconhecimento desses sinais vai, sem
dúvida, resultar em enganos na maneira de se abordarem essas condições. É fácil
demais considerar esses sinais como sintomas de
um processo de uma doença séria e adotar procedimentos complicados. Embora a
água, por si só, possa aliviar os sintomas de maneira tão simples, o que acontece
é a administração de medicamentos e a adoção de procedimentos invasivos de
diagnóstico. É responsabilidade tanto do
paciente como do médico estar consciente do dano que a desidratação crônica
pode causar ao corpo humano.
Essas dores crônicas incluem dor dispéptica, artrite reumatóide, dor de angina, dores lombares, enxaquecas e dores de cabeça de
ressaca, dor intermitente na marcha, dor de colite e constipações semelhantes.
A mudança de visão dita que todas essas doenças
devem ser tratadas através de um ajuste regular do consumo de água em não menos
que dois litros e meio de água a cada 24 horas durante alguns dias, antes que
se faça uso de analgésicos ou outro medicamento de alívio à dor, como
anti-histaminicos ou antiácidos, muito antes que um dano local ou geral possa
se estabelecer e alcançar um status de doença irreversível.
Se o
problema data de muitos anos, aqueles que quiserem experimentar a propriedade
supressora de dor da água precisam se certificar se seus rins estão funcionando
bem – ou seja, prontos a produzirem urina em quantidade proporcional à água
consumida, de maneira que não venha a ocorrer uma retenção de líquido no corpo. Com o aumento do consumo
de água, tem que haver também um aumento proporcional na produção de urina.
Esta nova compreensão da fisiologia da produção da
dor pela desidratação vai lançar uma luz na etimologia de
doenças na pesquisa médica futura, e chamar a atenção para o prejuízo
desnecessário a que se expõe o organismo ao se tratar a desidratação com o uso
prolongado de analgésicos.
FIGURA 4: existem dois componentes na sensação da
dor. Um é local e o outro registrado no sistema nervoso central.
Em uma fase inicial, a dor localizada pode ser
aliviada com analgésicos. Depois que um determinado limiar é atingido, o
cérebro se torna o centro direto de monitoração da dor, até que a re-hidratação
do corpo aconteça.
Dor Dispéptica
Um aviso da sede emergencial do corpo humano.
A dor dispéptica é o sinal mais importante do
corpo humano. Ela indica desidratação, e pode
acontecer tanto em jovens, como em pessoas idosas. Desidratação crônica e
persistentemente crescente é a causa original de muitas doenças diagnosticadas
atualmente no corpo humano.
O muco cobre a camada de glândulas da mucosa, que
vem a ser a camada mais profunda da estrutura do estômago. O muco consiste em
98% de água e 2% de uma estrutura física que captura água. Na chamada “camada
aquosa”, chamada muco, se forma um tampão. As células abaixo secretam
bicarbonato de sódio que é lançado no muco. À medida que o ácido de estômago
tenta ultrapassar essa camada protetora, o bicarbonato o neutraliza.
Sabe-se que úlceras resultam de infecções. Minha
opinião – obtida através de pesquisa – é que a variedade de bactérias consideradas
como causadoras de úlceras, são comensais, bactérias que habitam naturalmente
nos intestinos. Elas contribuem com o nosso bem-estar quando estamos fortes. Elas
podem tirar vantagem da supressão do sistema
imunológico que é resultado direto da desidratação. Como se sabe, a bactéria
intestinal normal coabita conosco e produz muitas das vitaminas necessárias ao
corpo. Elas contribuem para o nosso bem-estar quando estamos fortes.
Na desidratação, porém, particularmente no local
da válvula que fica entre o estômago e o duodeno, existem muitos nervos que
produzem histamina. Esse tipo de bactéria se beneficia dos efeitos crescimento
hormonal da histamina, ao mesmo tempo em que esses nervos monitoram a proporção
de ácido extremamente forte que é lançado no intestino.
De qualquer forma, nem todo local ulcerado mostra
a presença de “helicobacter-piloro”; assim como um número imenso de pessoas
pode ter esse “h-piloro” no intestino e não
sofrer de úlcera.
No início do processo de digestão, um ácido é
secretado no estômago para ativar as enzimas e ajudar na decomposição das
proteínas sólidas, como carne e alimentos de difícil digestão. Normalmente, o
conteúdo do estômago, que é liquefeito, mas altamente ácido, é lançado na
primeira parte do intestino. A válvula existente entre o estômago e o
intestino, chamada “Piloro” tem sua ação regulada por um sistema de mensagens
que partem de ambas as partes do trato digestivo. Uma se refere ao “desejo” do
estômago esvaziar seu conteúdo no intestino; outra é o intestino estar pronto
para receber esse conteúdo altamente ácido e corrosivo.
O pâncreas é uma glândula que secreta a insulina
que regula o açúcar no sangue. Ele também lança no intestino algumas enzimas
essenciais. Ao mesmo tempo, o pâncreas tem o papel fisiológico de tornar
alcalino o ambiente intestinal, antes que o ácido o alcance.
A função mais importante do pâncreas é seu papel
constante de produção e secreção da solução aquosa bicarbonada – a solução
alcalina que vai neutralizar o ácido que entra no intestino, como dito acima.
Para produzir essa solução, o pâncreas vai
necessitar de muita água presente na circulação. Na desidratação esse processo
não acontece de maneira eficiente. E por essa razão, a válvula piloro não vai
receber avisos claros para abrir, e assim liberar a passagem do líquido ácido
do estômago para o intestino. Esse é o primeiro passo para a dispepsia - e a dor
dispéptica – e o primeiro indicador de sede no corpo humano.
Quando bebemos água, a depender do volume que
entre no estômago, um hormônio neurotransmissor chamado “motilin” é secretado.
Quanto mais água bebemos, mais motilin é produzido pelo trato intestinal e pode
ser medido na circulação sanguínea. O efeito desse hormônio no trato intestinal, como
o seu próprio nome sugere, é produzir contrações rítmicas do intestino –
peristaltismo - que age das partes superiores para as inferiores. Parte dessa
ação envolve abrir e fechar oportunos das válvulas que estão no caminho do
fluxo do conteúdo intestinal.
Assim, quando existe quantidade suficiente de água
para todos os processos digestivos que dependem da disponibilidade de água, o
pâncreas vai operar de maneira eficiente. Nessas condições ideais, a válvula
piloro vai abrir para evacuar o conteúdo do estômago. O motilin, que é um
hormônio de saciedade secretado quando a água se espalha pela parede do
estômago, tem um papel importante de transmissão na coordenação dessa ação.
O problema começa quando não existe água
suficiente no corpo para esses eventos digestivos que acontecem de maneira
interligada. De maneira alguma o sistema vai permitir que o conteúdo ácido
corrosivo atinja o intestino, se o seu mecanismo de neutralização não estiver
suficiente. O dano seria irreparável. As paredes do intestino não possuem a
camada protetora que está disponível ao estômago.
A primeira coisa que acontece é a reversão da força de contração nas válvulas
em ambas as partes do estômago. O piloro vai fechar mais e mais.
O anel existente entre o esôfago e o estômago e a
válvula externa do diafragma se vão se tornar mais relaxados. Inicialmente,
algum ácido pode ser lançado dentro do esôfago quando a pessoa está deitada,
produzindo o tipo de mal estar frequentemente chamado de azia.
Em algumas pessoas, pode acontecer do diafragma
estar tão relaxado que um pedaço do estômago passe através dele para o peito e
se configura o que se conhece como hérnia de hiato. Quando as válvulas revertem
seu “modus operandis”, na verdade elas estão preparando um resultado eventual,
mas inevitável: a evacuação do conteúdo do estômago para a boca. Se o conteúdo
do estômago não pode ir para o intestino e nem permanecer indefinidamente no
estômago, só existe uma maneira do organismo se livrar dele: através da boca.
Para que isso aconteça, o trato intestinal é capaz de reverter a direção das
suas contrações. Essa reversão é chamada de anti-peristaltismo.
Uma das condições mais desagradáveis e mal
interpretadas é aquela decorrente de uma severa desidratação: a bulimia. Pessoas que sofrem de
bulimia - sofrem de uma “fome” constante. Quando
comem, não conseguem reter o alimento e sentem uma necessidade imediata e
incontrolável de vomitar - um estilo de vida anti-social. Nessas pessoas, a
sensação de “fome” é, na verdade, um indicador de sede, e seu impulso de vômito
é o mecanismo de proteção descrito acima. Se os portadores de bulimia começam a
re-hidratar (aumentar o consumo diário de água) e a beber água antes da
alimentação, seu problema vai desaparecer.
Dores Reumáticas
Inicialmente, a artrite reumatóide dos ligamentos
a sua dor causada por ela precisam ser vistas como indicadores da escassez de
água nas superfícies cartilaginosas afetadas. A dor da artrite é outro sinal
regional de sede do corpo. Em alguns casos, a falta de sal pode ser um fator
contribuinte.
As superfícies da cartilagem dos ossos contêm
muita água. A propriedade de lubrificação dessa água retida é utilizada na
cartilagem, permitindo que as duas superfícies oponentes deslizem livremente
uma sobre a outra.
Enquanto as células ósseas estão imersas em
depósitos de cálcio, as células da cartilagem estão numa matriz que contém
grande quantidade de água. À medida que as superfícies das cartilagens deslizam
umas sobre as outras, algumas células morrem ou perdem suas membranas. Novas
células surgem das terminações de crescimento que estão aderidas às superfícies
ósseas nos dois lados. Em uma cartilagem bem hidratada, a proporção do dano
causado pela fricção é mínima. Nas cartilagens desidratadas, essa proporção
cresce.
A razão entre a proporção de regeneração das
células de cartilagem e sua casca abrasiva é o índice de eficiência dos
ligamentos.
Células sanguíneas em desenvolvimento na medula
óssea têm prioridade sobre as cartilagens na água disponível que passa através
da estrutura do osso.
No processo de dilatação dos vasos sanguíneos para
trazer mais circulação para a área, é possível que os feixes que passam através
de orifícios estreitos do osso não possam se expandir o suficiente para
desempenhar sua função. As células que dependem desses vasos para um suprimento
de nutrição e água ficam fisicamente submetidas a um mecanismo de racionamento.
Nessas circunstâncias e, a menos que haja uma diluição do sangue para que mais
água seja transportada, as condições linfáticas dos tecidos cartilaginosos vão depender
dos vasos que alimentam a cápsula do ligamento. Os mecanismos nervosos
regulados por esse desvio também produzem sinais de dor.
Inicialmente, essa dor indica que os ligamentos
não estão suficientemente preparados para suportar pressão, até que estejam
totalmente hidratados. Esse tipo de dor também deve ser tratado através do
aumento regular de consumo de água para produzir alguma diluição no sangue que
circula nessa área, até que a cartilagem esteja plenamente hidratada e refeita
a partir de sua ligação com o osso – restabelecendo a rota normal de difusão da
linfa do osso para a cartilagem.
É minha opinião que a inchação e a dor na cápsula
do ligamento sejam uma indicação de que existe dilatação e edema dos vasos que
suprem a circulação da cápsula do ligamento.
As superfícies dos ligamentos possuem terminações
nervosas que regulam todas as funções. Quando elas reconhecem a demanda para
maior circulação de sangue naquela área, para desviar água da linfa, produzem
uma expansão vascular compensatória para fazer frente à insuficiência da
circulação fornecida pelo osso.
A desidratação, na superfície dos ligamentos pode causar
danos sérios, a ponto de tornar porosa e exposta a superfície do osso, até se
configurar uma osteoartrite. O dano no tecido vai deflagrar um mecanismo para remodelar
o ligamento. Existem células secretoras de hormônios na cápsula dos ligamentos.
Quando existe esse dano, os tecidos atingidos precisam ser recompostos. Esses
hormônios assumem o seu papel de remodeladores e reestruturam a superfície dos
ligamentos, capacitando-os para a força e pressão que eles precisam suportar.
Infelizmente, esses processos de “reparo”, parecem
produzir um afastamento dos ligamentos. Para evitar essa deformação, a pessoa
precisa levar a sério a dor, ainda na origem, e começar um programa rígido de
consumo crescente de água. Inicialmente, essa dor pode ser considerada um aviso
local de desidratação. Se não desaparecer depois de alguns dias de hidratação e
flexões suaves (que estimulam a circulação na área), a pessoa deve procurar um
médico.
A pessoa não tem nada a perder e tudo a ganhar por
reconhecer a dor e a inflamação não infecciosa do reumatismo como sintomas de
escassez de água no corpo. O corpo, provavelmente, estará apresentando outros
sinais de desidratação, mas esse local, em particular, está mostrando
predisposição a um dano mais severo.
Estresse e Depressão
As patologias associadas ao “stress social” –
medo, ansiedade, problemas emocionais e matrimoniais persistentes – e o
estabelecimento da depressão são resultantes de uma deficiência de água que
atinge os tecidos do cérebro. O cérebro usa energia elétrica que é fornecida
através de um mecanismo de propulsão de água – como bombas geradoras de energia.
Com a desidratação, o nível de geração de energia decresce, e muitas funções do
cérebro que dependem desse tipo de energia se tornam ineficientes. A pessoa reconhece essa inadequação de função como
depressão. Esse “estado depressivo” causado pela desidratação pode levar à
“Síndrome da Fadiga Crônica”. Essa condição é um rótulo que se coloca numa
série de problemas fisiológicos avançados que são associados ao stress.
“Mecanismos de compensação associados à Desidratação”
Quando o corpo de torna desidratado, os processos
fisiológicos que se estabelecem são semelhantes àqueles que ocorrem quando se
tenta lidar com o stress. A desidratação se nivela com o stress e, uma vez que
este se estabelece, ocorre uma mobilização de material primário das reservas do
corpo. Esse processo vai secar parte das reservas de água do corpo, e se
estabelece um ciclo vicioso: a desidratação causa o stress e o stress causa
mais desidratação.
Nos estados de stress muitos hormônios latentes se
tornam operantes. O corpo ”reconhece” a situação de crise e elicia uma resposta
de choque como uma preparação para a luta ou para a fuga – uma atitude
ancestral, pois não diferencia situações de perigo real daquelas vividas
socialmente pelo homem civilizado. Os mecanismos deflagrados para a situação de
emergência são ativados, mesmo quando as dificuldades acontecem num ambiente de
trabalho, são sociais e não representam perigo concreto de vida. Esses
hormônios são mantidos até que o corpo se liberte da situação estressante.
Esses hormônios são, principalmente, as
Endorfinas, Prolactinas, hormônios da Cortisona, Vasopressinas e
Renina-Angiotensinas (RA).
Endorfinas, Cortisona, Prolactinas e Vasopressinas
As endorfinas preparam o corpo para suportar
agressões até que o corpo saia da situação de perigo. As endorfinas também podem
elevar o limiar de dor: um determinado fator poderia causar dor em um nível
baixo, mas com a ação da endorfina, a resistência a essa dor aumenta e o corpo
pode continuar seu trabalho. Por causa do parto e da menstruação, mulheres
parecem liberar esse hormônio mais facilmente. Elas geralmente apresentam uma
maior capacidade para suportar dor e stress.
A cortisona vai iniciar a remobilização das
energias armazenadas e da matéria-prima. A gordura é quebrada, transformada em
ácidos graxos e depois convertida em energia. Algumas
proteínas são, então, transformadas em aminoácidos básicos para formação de
novos neurotransmissores, proteínas e alguns aminoácidos especiais que serão
utilizados na queima de energia dos músculos. Se a ação da cortisona continuar
por muito tempo, logo vai haver um esgotamento das reservas de aminoácidos do
corpo.
Durante a gestação e o período de lactação, esses
hormônios e seus conjugados irão mobilizar um
fluxo uniforme de material primário para promover o desenvolvimento do bebê.
A prolactina vai assegurar que a lactante continue
a produzir leite. Todas as espécies de mamíferos produzem esse hormônio. Ele
prepara as células das glândulas mamárias presentes no seio para continuar a
produção de leite mesmo que exista a desidratação.
Foi mostrado em experimentos com ratos que o
aumento de produção da prolactina pode causar tumores
de mama.
Em 1987, propus em palestra dada a um grupo
internacionalmente selecionado de pesquisadores do câncer, que a desidratação
crônica no corpo humano é um fator causal primário para a produção de tumores.
A relação entre stress, desidratação crônica ligada à idade, secreção
persistente de prolactina e a formação de câncer no tecido glandular do seio
não podem ser desconsiderados. Um ajuste no consumo diário de água em mulheres
– especialmente quando confrontando o stress da vida diária – vai, no mínimo,
servir como medida preventiva contra
o possível desenvolvimento de câncer de mama induzido por stress (no grupo
etário de mulheres predispostas a esse problema) e câncer de próstata nos homens.
A vasopressina regula o fluxo seletivo de água
para dentro de algumas células do corpo. Pode causar a constricção de capilares
que ela ativa - como o nome diz, vasoconstricção.
Ela é produzida pela glândula pituitária e
secretada na circulação sanguínea. Enquanto pode causar a constricção de vasos
sanguíneos, também algumas células vitais possuem receptores para esse
hormônio. A depender da hierarquia da sua importância, algumas células possuem
mais receptores de vasopressina do que outras.
A membrana celular - a cobertura protetora da
arquitetura da célula – é, naturalmente, estruturada em duas camadas. Tijolos
de hidrocarbono sólido são mantidos ligados pela propriedade adesiva da água. Entre
as duas camadas existe uma passagem que as interliga e por onde as enzimas
percorrem, reagem seletivamente entre si e causam a ação desejada dentro da
célula. Esse canal funciona como um fosso ou um cinturão (anel rodoviário)
sendo que cheio de água, onde tudo tem que flutuar.
Quando existe água suficiente para preencher os
espaços, o fosso fica cheio e a água vai também entrar na célula. Quando acontece desse fluxo de água não ser suficiente, algumas
funções celulares podem ser afetadas. Para proteção contra uma possível
situação catastrófica, a natureza projetou um mecanismo magnífico para a
criação de filtros de água através das membranas. Quando o hormônio
vasopressina atinge a membrana celular e se funde com o seu receptor, torna
possível a filtragem de apenas água através do seu orifício.
As importantes células produzem o receptor da
vasopressina em maior quantidade. A vasopressina é um dos hormônios envolvidos
no racionamento e distribuição de água de acordo com o plano de prioridade,
quando existe desidratação. As células nervosas parecem exercitar sua
prioridade produzindo mais receptores de vasopressina que as outras células do
tecido. Elas precisam manter os canais de água em pleno funcionamento. Para ter
certeza de que a água vai passar através desses orifícios estreitos (são tão
estreitos que só permitem a passagem de uma molécula de água de cada vez), a
vasopressina, pela sua capacidade de produzir vasoconstricção, diminui o volume
líquido na região.
Álcool
O álcool vai suprimir a produção de vasopressina
na glândula pituitária. A escassez de vasopressina na circulação se traduz em
desidratação geral do corpo, inclusive nas células do cérebro. Aqui, uma
desidratação antes suave e fácil de controlar, vai ser “lida” como uma “seca”
severa nas células sensoriais do cérebro. Para arcar com esse stress, uma maior
quantidade de outros hormônios é secretada, incluindo as próprias endorfinas do
corpo.
Assim, o
uso prolongado do álcool promove tendências viciantes para secreção de
endorfinas no corpo – deflagrando a produção de excessiva quantidade de endorfina.
As mulheres, por causa de sua tendência natural de produzir endorfinas para
lidar com o parto e a menstruação, parecem ser mais vulneráveis ao álcool – no
sentido de se tornarem viciadas mais facilmente do que os homens.
Em média, uma mulher se torna viciada em, aproximadamente,
03 anos, enquanto que, para um homem se tornar um bebedor compulsivo é
necessário um período de 07 anos.
Na desidratação severa produzida pela ingestão
habitual de álcool e cafeína, quando a água precisa ser urgentemente bombeada
nos canais dentro dos nervos, a circulação sanguínea também precisa aumentar ao
longo dos nervos. O processo vai envolver a liberação de histamina pelas
células do revestimento que cobre os nervos. Isso vai, num certo ponto, causar
uma situação de inflamação que pode vir a danificar esse revestimento dos
nervos circunvizinhos, mais rapidamente do que podem ser restaurados. A
manifestação desse processo descrito foi rotulada como diferentes disfunções
neurológicas, incluindo esclerose múltipla (MS).
Agora, a prevenção e tratamento desses transtornos
se tornam claros.
Renina-Angiotensina (RA)
O sistema de atividade da Renina-Angiotensina (RA)
é um mecanismo subordinado à ativação da histamina no cérebro. O sistema da RA
é também reconhecido como fortemente ativo nos rins. O sistema é ativado quando
decresce o volume fluido do corpo. É ativado para reter água e, para isso,
promove uma absorção maior de sal. Tanto no esgotamento da água quanto no do
sódio, o sistema se torna bastante ativo.
A razão para a constricção dos vasos sanguíneos
durante o stress é de fácil compreensão. O corpo é um multi-sistema altamente
complexo, integrado e eficiente. Quando existe uma situação de stress, parte da
água disponível é usada para a digestão de materiais armazenados, tais como
proteínas, glicogênio e gordura. Para compensar a perda de água e fazer o
sistema trabalhar com maior pressão, o sistema da RA vai também coordenar o
trabalho com a vasopressina e outros hormônios. Os rins são o principal local
de atividade do sistema da Renina-Angiotensina.
O sistema da RA é o mecanismo central para a
restauração do volume fluido do corpo. É um dos mecanismos secundários da
atividade da histamina no consumo da água. Ela regula o leito vascular para
adaptação ao conteúdo fluido do sistema circulatório. Sua atividade se reduz
pela presença de mais sal e água para preencher a capacidade de fluido do vaso.
Nos rins, o sistema ajusta o fluxo fluido e a
pressão de filtragem para seu sistema produtor de urina. Se a pressão de
filtragem não é suficiente para filtrar a urina e outras secreções, o sistema RA
vai contrair os vasos sanguíneos nesse organismo.
Quando os rins são afetados e a produção de urina
se torna insuficiente, o sistema RA é mais ativo. Promove maior consumo de sal
e induz a uma sede mais intensa. O comprometimento dos rins pode ser
consequência de uma desidratação de longa duração e escassez de sal que tenha
deflagrado a atividade do sistema RA em primeiro lugar. Mas no passado não se
reconhecia a significação da contração dos vasos (hipertensão essencial) como
um indicador de perda hídrica do corpo. Agora, um equilíbrio hídrico
insuficiente pode ser considerado fator primário para insuficiência renal – ao
ponto de se fazer necessário um transplante de fígado.
Uma vez que o sistema RA entra em plena atividade,
ele continua a expandir seu ritmo até que uma mudança natural no sistema possa
“desligá-lo”. Os componentes dessa mudança são sal e água – nesta ordem – até
que a pressão vascular indique uma variação normal.
As glândulas salivares parecem ter a habilidade de
“perceber” a deficiência de sal no organismo. Quando existe escassez de sódio,
elas produzem substâncias chamadas quininas. As quininas promovem circulação
sanguínea extra e maior salivação nas glândulas salivares. Essa salivação
aumentada – a ponto de escorrer da boca - serve a duas propostas: primeiramente
lubrifica a boca durante a ingestão de alimentos, em um estado de desidratação
do corpo; em segundo lugar, sua consistência alcalina e seu fluxo abundante vão
ajudar na digestão dos alimentos e consequente evacuação do estômago.
Dentro desses sistemas integrados do corpo humano,
as quininas das glândulas salivares também parecem disparar a ativação do
sistema RA para influenciar todas as partes do corpo.
Assim, a escassez de sódio (sal) no corpo – que
também poderia contribuir para uma escassez devastadora de água fora das
células – pode iniciar uma série de eventos que vão, em última instância,
produzir hipertensão essencial e dores crônicas no corpo. A relação entre as quininas
salivares e o esgotamento de sódio (escassez de sódio causa perda hídrica pelo
corpo) com a produção ampla de saliva, mesmo que o corpo esteja completamente
desidratado, é o paradoxo que existe no funcionamento do corpo humano. Esse
paradoxo mostra o erro mais grosseiro – o de se apontar a boca seca como o
único indicador de escassez de água no corpo humano.
Por causa desse simples erro, a prática da
Medicina e de pesquisa científica nesse assunto está tão atrás. Conceitos fechados,
rígidos, sustentados por um paradigma que não permite que se tenha uma visão
clara de causas e efeitos. Vão ser necessárias muitas revisões dos conceitos já
adotados. Que a auto-proteção e a auto-defesa dos cientistas e pessoas
envolvidas, não sejam obstáculos para essa mudança!
O que acontece quando bebemos chás, café ou
refrigerantes em lugar da água? Grandes quantidades de cafeína e menores
quantidades de Teofilina, presentes no café e no chá, são estimulantes naturais
do sistema nervoso central. E, ao mesmo tempo, são agentes de desidratação,
devido à sua forte ação diurética nos rins. Uma xícara de café contém 85mg de cafeína
e uma xícara de chá contém 50mg. Em bebidas à base de “cola”, a proporção é de
50mg de cafeína/xícara, parte da qual é adicionada para padronizar a receita
quando se extraem as substâncias ativas da semente Cola accuminata.
Esses estimulantes do SNC liberam energia das
reservas de ATP e, através da combustão, convertem o ATP ao seu estágio de AMP cíclico
nas células – que em certos níveis de concentração é um forte agente
inibitório. Eles também produzem energia através da liberação do cálcio de suas
reservas nas células. Assim, cafeína parece agir com capacidade de liberar
energia para o corpo.
Todos sabem desse efeito final da cafeína, mas o
que precisamos saber é o seu efeito ignorado, que acontece quando o corpo não deseja liberar energia para uma determinada ação.
Dessa maneira, a ação de certos hormônios e transmissores não vai ser limitada
futuramente pelo fato de haver uma possível redução no nível de energia
armazenada.
O efeito da cafeína pode, às vezes, ser desejável,
mas a substituição constante da água por líquidos que contenham cafeína pode
comprometer o organismo na sua capacidade de produzir energia hidroelétrica.
Cafeína em excesso vai esvaziar as reservas de energia ATP no cérebro e no
corpo – um fator que concorre para diminuir a capacidade de atenção nos jovens
da geração que consome Coca-Cola – ou gerar fadiga crônica, como resultado de
alto consumo de café em uma fase posterior da vida. O consumo de café pode,
mais tarde, exaurir o músculo cardíaco por causa de sua super estimulação.
Recentemente, foi mostrado, em alguns modelos
experimentais, que a cafeína inibe o sistema enzimático mais importante – PDE
(Fosfodiesterase) – que está envolvido no processo de aprendizagem e
desenvolvimento da memória. Em experimentos divulgados, a cafeína afetou
componentes da visão e da memória na habilidade de aprendizado nas espécies
usadas nesses testes.
Você, agora, precisa entender porque as pessoas
portadoras de Alzheimer e crianças com distúrbios de aprendizagem não deveriam
beber qualquer coisa exceto água. Qualquer bebida contendo cafeína não deve,
absolutamente, ser consumida.
Vamos tentar, agora, relacionar essas novas
informações sobre stress x depressão com duas questões que são diferentes, mas
interligadas: hipertensão e colesterol – ambos levando a doenças do coração.
Os mecanismos de operação utilizados na adaptação
do corpo à desidratação, e que vão culminar na vasoconstricção, são os mesmos
mencionados para o stress. Como o nome
diz, as ações contínuas da vasopressina e do sistema RA são responsáveis por
estabelecerem a adaptação necessária à “seca”. Eles fecham um número de
capilares no leito vascular e aumentam a pressão no resto para pressionar a
água através das membranas para dentro das células, obedecendo à lei de prioridade
orgânica. Não esqueça: a desidratação é o fator causal mais claro e
definitivo do stress no corpo humano ou qualquer forma viva.
Hipertensão Sanguínea
A hipertensão (essencial) é resultado de um
processo adaptativo a uma deficiência grosseira de água no corpo.
Os vasos do corpo têm como função primeira arcar
com a flutuação do seu volume de sangue e necessidades do tecido pelo abrir e
fechar dos diferentes vasos. Quando existe uma redução do volume hídrico total
no corpo, os vasos principais também têm que diminuir seu calibre para conter
um volume menor de água e evitar que não haja líquido suficiente para encher
todo o espaço designado para o volume de sangue naquele organismo.
Quando há uma falha nessa capacidade que os vasos
têm de se adaptar ao volume de água, gases são liberados do sangue e preenchem
os espaços causando “gas lock”. Essa propriedade de adaptar o diâmetro do vaso
para regular o volume de água em circulação é o recurso mais avançado dentro dos
princípios da hidráulica e é a partir dela que a circulação sanguínea do corpo
é planejada.
O desvio da circulação sanguínea é uma rotina
normal. Quando comemos, a circulação periférica se dirige e se concentra no
trato digestivo e, para isso, fecha os capilares em outras regiões. No ato de
comer, um número maior de capilares é aberto na região gastrointestinal e poucos são abertos no sistema muscular. Apenas
nas áreas onde a atividade requer uma demanda mais urgente na circulação, são
mantidos totalmente abertos para a passagem do sangue. Em outras palavras, é a capacidade dos leitos
vasculares de abarcar o sangue que vai definir a direção e a velocidade do
fluxo sanguíneo para qualquer lugar e a qualquer momento.
Esse processo existe basicamente para arcar com
prioridades dentro da extrema responsabilidade de manter um grande volume
fluido no corpo. Quando a digestão se conclui e diminui a necessidade de sangue
no trato intestinal, a circulação vai abrir mais facilmente em outras áreas. E,
indiretamente, é por isso que nos sentimos menos ativos depois das refeições e
prontos para a ação depois de algum tempo.
Em resumo, existe um mecanismo que estabelece a
prioridade da circulação sanguínea e a distribui para uma determinada área –
através do abrir e fechar de capilares. A ordem é predeterminada de acordo com
a escala de importância da função: cérebro, pulmões, fígado, rins e glândulas
têm prioridade sobre músculos, ossos e pele – a menos que uma prioridade
diferente seja programada pelo sistema. Isso acontece quando existe uma demanda
contínua em qualquer parte do corpo que vai influenciar a quantidade de sangue
circulante na área, como acontece, por exemplo, no desenvolvimento muscular
obtido através do exercício físico.
Escassez de água: potencial para a Hipertensão
Quando não bebemos água suficiente para atender a
todas as necessidades do nosso corpo, algumas células se tornam desidratadas e
perdem um pouco de sua água para a circulação. Os vasos em algumas células vão
ter que se contrair para se ajustar.
Na escassez de água e “seca no corpo”, 66% da água
é desviada do volume interno da célula; 26% vêm do volume externo e 8% é
retirado do sangue. Não existe outra alternativa para os vasos sanguíneos que não
a de fecharem o seu calibre (lúmen), para poderem lidar com a perda de volume
sanguíneo.
O processo de prioridades se inicia com o
fechamento de vasos em áreas de menor atividade. De outra maneira, de onde
poderia vir a compensação para manter os vasos principais abertos? A
compensação precisa vir de for ou ser tomada de alguma parte do corpo.
É a extensão da atividade do leito capilar,
através do corpo que vai, em última análise, determinar o volume de sangue circulante.
Quanto mais os músculos são exercitados, mais capilares vão abrir para conter um
maior volume de sangue dentro das reservas de circulação. Esta é a razão pelo
qual o exercício é o componente mais importante para os ajustes fisiológicos em
pessoas hipertensas.
Outra razão pela qual o leito capilar pode se
tornar seletivamente fechado é a escassez de água no corpo. Basicamente, a água
que bebemos vai, no fim do processo, entrar nas células. A água regula o volume
das células de dentro para fora. O sal regula a quantidade de água que é
mantida fora das células, esse oceano que existe em torno das células.
Existe um processo delicado de equilíbrio do corpo,
no sentido de que ele mantém sua composição sanguínea às custas da oscilação do
conteúdo de água em algumas das suas células. Quando há escassez de água,
algumas células ficam desprovidas de seu volume normal necessário – e outras
vão ter uma quantidade predeterminada pelo racionamento para manter sua função
(como foi explicado anteriormente, esse mecanismo envolve a filtragem de água
através da membrana celular). Entretanto, o sangue vai sempre manter a
consistência de sua composição. Ele precisa fazer isso para preservar a
composição dos elementos que chegam aos centros vitais.
Aqui é onde o “paradigma do soluto” é inadequado e
leva ao erro. Ele baseia toda a avaliação das funções do corpo na interpretação
do conteúdo sólido do sangue. Os exames não registram a desidratação local. Então
pode acontecer de todos os testes sanguíneos podem apontar uma normalidade que
não existe. Alguns capilares pequenos do cérebro e do coração podem estar
fechados devido à desidratação, causando a algumas células desses órgãos um
dano gradual, em decorrência dessa desidratação crescente que não é
diagnosticada e se estende por longo período de tempo
A hipertensão arterial deveria ser tratada,
inicialmente, com um aumento de consumo diário de água. O modo com que se trata
hipertensão atualmente atinge o ponto de absurdo científico. O corpo está
tentando manter seu volume de água e dizemos ao aviso da natureza em nós: “Não,
você não entende – você precisa tomar diuréticos e se livrar da água”. Se isso
acontece assim, se não bebemos água suficiente, a única maneira que o corpo tem
de preservar a água é através do mecanismo de retenção de sódio no corpo.
O sistema RA está diretamente envolvido nisso. Somente
quando existe retenção de sal, a água vai permanecer no compartimento celular
de fluido extra. E a partir desses compartimentos, dentro do processo de
prioridade que se estabelece no corpo, a água vai ser forçada para dentro da
célula. Assim, reter o sal no corpo é o
último recurso para manter a água no organismo.
A retenção de sal é, portanto, um mecanismo de
defesa do corpo e não a causa de hipertensão. Essa visão imprecisa deriva de um
conhecimento incipiente dos mecanismos reguladores da água no corpo humano.
Quando se dá diurético para eliminar o sal, o corpo se torna mais desidratado
ainda. Quando a desidratação atinge o nível de causar a sensação de “boca
seca”, alguma água vai ser ingerida para compensar. O uso de diuréticos não
cura a hipertensão, apenas mantém o corpo em um gerenciamento de déficit de
água - dá ao corpo uma tendência par absorver água e sal – sem nunca corrigir o
problema, entretanto. É por isso que, em pouco tempo, os diuréticos se tornam
ineficientes e outros medicamentos acabam sendo prescritos ao paciente.
Outro problema na avaliação de hipertensão é em
relação à sua medição. A ansiedade relacionada ao fato de ter hipertensão
automaticamente afeta a pessoa no momento do exame. A leitura dos aparelhos
pode não traduzir a verdadeira pressão arterial. Um médico inexperiente ou
pouco atento pode assumir que o paciente é hipertenso quando a pessoa pode
estar apenas tendo um sintoma de ansiedade clínica.
A água, por
si só, é o melhor diurético natural. Se as pessoas que possuem pressão alta e produzem
urina de maneira satisfatória, aumentarem seu consumo de água, elas não vão
precisar de diuréticos. Se a desidratação que produz a hipertensão tiver se
prolongado e causado complicações cardíacas, o aumento de consumo de água deve
ser gradual. Dessa maneira, se garante que a totalidade hídrica não se torne
excessiva e descontrolada.
O mecanismo de retenção de sal nessas pessoas está
em OVERDRIVE
MODE. Quando o consumo de água é aumentado aos poucos, e mais
urina é produzida como resultado natural desse aumento de ingestão líquida, a
inchação (edema fluido) que tem alta concentração de substâncias tóxicas é eliminada,
e o coração recobra sua força.
Altas taxas de colesterol no sangue
Uma taxa alta de colesterol é um aviso de que as
células do corpo desenvolveram um mecanismo de defesa contra a força osmótica
do sangue que joga água para fora das células através das suas membranas. Ou
como segunda hipótese, o sangue
concentrado (com pouca água) não tem a capacidade de liberar água suficiente
para passar através da membrana da célula e, assim, manter suas funções
normais.
O colesterol é uma argila natural que, quando
derramada nas fendas da membrana celular, vai tornar a parede da célula
impermeável, impedindo a passagem da água. Essa produção excessiva e o depósito
nas membranas celulares é parte de um recurso natural de proteção das células
vivas contra a desidratação. Nas células vivas que possuem núcleo, o colesterol
é o agente que regula a permeabilidade da membrana da célula à água. Naquelas
que não possuem núcleo, a composição de ácidos graxos empregados na formação da
membrana celular lhes dá a capacidade de sobreviver à desidratação.
A produção de colesterol na membrana celular é
parte de um sistema de sobrevivência da célula. O colesterol é uma substância
necessária. Seu excesso é que é
prejudicial, porque denota desidratação.
Normalmente é a água que, de maneira instantânea,
repetida e momentânea, junta as camadas adesivas e as ligações dos tijolos de
hidrocarbono. Em uma membrana desidratada, essa propriedade da água se perde.
Ao mesmo tempo em que a água aglutina a estrutura sólida da membrana, ela
também se difunde através das aberturas para dentro da célula.
Imagine que você está à mesa e a comida é trazida
para você. Se você não bebe água antes de comer a comida, o processo de
digestão vai buscar recursos nas células do corpo (retirar água das células). A
água precisa ser lançada no alimento no estômago para quebrar as proteínas e
separá-las na composição básica de seus aminoácidos. No intestino, mais água vai
ser necessária para processar os componentes do alimento (para absorção) e,
então, envia-los para o fígado.
No fígado, células especializadas vão processar
mais tarde os materiais digeridos no intestino e, em seguida, passar o sangue enriquecido e de composição
ajustada para o lado direito do coração. No fígado mais água é usada no
referido processo. Esse sangue do lado direito do coração, após receber alguns
componentes gordurosos do sistema linfático que também desemboca nesse local,
vai ser bombeado nos pulmões para a oxigenação e troca de gases dissolvidos nos
pulmões.
Agora esse sangue altamente concentrado nos
pulmões é lançado para o lado esquerdo do coração e bombeado na circulação
arterial. As primeiras células a terem contato com esse sangue altamente
concentrado por osmose são aquelas das paredes dos grandes vasos capilares do
coração e do cérebro. Onde as artérias se concentram, as células osmoticamente
danificadas vão receber também a pressão do sangue que se aproxima. Ou essas
células se protegem ou se tornarão irreversivelmente atingidas.
Não se esqueça de que a integridade da membrana de
suas células depende proporcionalmente da presença de água disponível a elas, e
não daquela que está sendo extraída osmoticamente.
Chega um momento em que o cérebro começa a reconhecer
a severa escassez de água imposta ao corpo e, durante a refeição, vai induzir a
pessoa a beber água. Mas já é tarde porque o dano está registrado pelas células
das paredes dos vasos sanguíneos. Entretanto, quando essa desidratação se
registra através da dor péptica, nós, estupidamente, oferecemos a essa pessoa
um antiácido! Não água, mas antiácidos! Não água, mas anti-histamínicos!
Infelizmente, esse problema envolve todos os procedimentos terapêuticos baseados
no “paradigma do soluto”. Todos os
procedimentos orientados no sentido do alívio de sintomas. Não estão dirigidos
para a eliminação da causa do problema. É por essa razão que as doenças não são
curadas. Elas são tratadas durante toda a vida das pessoas.
A raiz das doenças degenerativas não se torna
conhecida porque um paradigma errado está sendo adotado. Se começarmos a
considerar que, para a digestão de alimentos, a água é o componente mais essencial,
grande parte da batalha estará vencida. Se oferecermos a água necessária para o
corpo antes da alimentação, toda a luta contra o acúmulo de colesterol
nos vasos estará ganha.
Depois de um longo período de controle do consumo
diário de água, quando se atinge a completa hidratação da célula, gradualmente
o sistema de defesa do colesterol contra a passagem livre de água através da
parede celular vai se tornar menos solicitado e sua produção vai diminuir. Enzimas
do corpo que são sensíveis a hormônios e lipolíticos demonstram se tornar
ativas após 1 hora de caminhada. Elas ficam ativas por 12 horas. Também parece
que, com a diminuição do colesterol e o exercício para induzir a atividade das
enzimas lipolíticas, o colesterol depositado também vai ser quebrado e a
passagem do sangue através de artérias já entupidas vai voltar a ser possível.
Testemunhos que fazem você pensar
É de conhecimento comum o fato de que muitas
doenças são associadas a elevações da taxa de colesterol na circulação
sanguínea. Diferentes níveis de colesterol na circulação vinham sendo
considerados normais – pois ao longo desse tempo o limiar máximo aceito foi
diminuído até chegar a 200 (miligramas/cm³ de sangue), número considerado como
normal hoje. Um valor arbitrário. Eu, pessoalmente, acredito que a variação
normal deve ficar entre 100 e 150 - meus próprios níveis começaram em 89 e
nunca passaram de 130.
Por quê? Porque por anos e anos meu dia começou
com 2 a 3
copos de água. De qualquer modo, foi publicada uma reportagem no New England Journal of Medicine, em 28
de março de 1991, sobre um homem de 88 anos que comia 25 ovos diariamente e
tinha níveis normais de colesterol no sangue, o que revela um fato: o
colesterol que ingerimos parece ter pouco a ver com o alto nível de colesterol
no sangue de algumas pessoas.
Vamos tentar esclarecer um ponto: a formação excessiva de colesterol é
resultado de desidratação. É a desidratação a causa de tantas doenças, não
a taxa de colesterol no sangue circulante. É, portanto, mais prudente estar
atento a um consumo satisfatório de água do que à dieta alimentar. Com a
atividade enzimática adequada, qualquer alimento pode ser digerido, incluindo
aqueles que contêm colesterol.
Se um aumento no consumo de água reduz o
colesterol, para subir novamente se certifique de que o seu corpo não está em
falta de sal. Você precisa entender que o colesterol é a base de construção
para a maioria dos hormônios do corpo humano. Naturalmente, uma exigência
elementar para um aumento na produção de hormônios, vai também elevar a taxa de
produção do colesterol.
Peso Excessivo
O sistema de controle central no cérebro acaba por
reconhecer que o nível de energia disponível para suas funções está baixo. As
sensações de sede e fome também se originam dos níveis baixos de energia.
Para mobilização da energia do que está armazenado
na gordura se tornam necessários os mecanismos de liberação hormonal. Esse
processo leva mais tempo (e depende de alguma atividade física para liberação
de energia) do que as necessidades urgentes do cérebro requerem. A parte frontal
do cérebro obtém energia da “hidroeletricidade” ou do açúcar do sangue
circulante. Suas necessidades funcionais de hidroeletricidade são mais
prementes - não apenas a formação de energia a partir da água, mas também o seu
mecanismo de transporte do sistema de fluxo mínimo que depende mais da água.
Assim, as sensações de fome e sede são geradas
simultaneamente para indicar as necessidades do cérebro. Nós não reconhecemos a
sensação de sede e assumimos ambos como sendo ânsia de comer. Comemos comida
até quando o corpo precisa receber água. As pessoas que perderam peso bebendo
água antes das refeições conseguiram separar essas duas sensações. Eles não se
superalimentaram para satisfazer uma necessidade que, na verdade, era de água.
Superalimentação
O cérebro humano significa, aproximadamente, 1/50
do total do peso do corpo. Possui cerca de nove trilhões de células nervosas
(“chips de computador”). As células do cérebro são constituídas de 85% de água.
Vinte por cento da circulação está localizada e à disposição do cérebro – o que
significa que o cérebro tem como fazer uso do sangue circulante.
De acordo com suas necessidades funcionais, o
cérebro é um dos únicos órgãos do corpo que está constantemente ativo, mesmo em
sono profundo. Ele processa as informações de todas as partes do corpo, assim
como as que vêm através da exposição diária ao
ambiente físico, social e eletromagnético.
Para processar todos esses dados e alertar todo o
corpo humano para uma resposta adequada, o cérebro consome grande quantidade de
energia. Ao mesmo tempo, também consome energia para produzir componentes
primários e neurotransmissores químicos do cérebro, que são produzidos nas
células deste e precisam ser transportados para as terminações nervosas onde
quer que eles estejam. O sistema de transporte usa vasta quantidade de energia
– o que explica o fato de cérebro receber 20% do volume de água total do sangue
circulante.
As células do cérebro armazenam energia sob duas
formas: as reservas ATP e GTP.
Algumas ações são mantidas pela energia dos
estoques de ATP que estão localizados em diferentes partes da célula,
especialmente dentro das membranas. É na membrana celular que a informação
entra e onde se inicia a ação. Existe um sistema de distribuição de energia em
operação em cada célula. Nem toda a estimulação vai conseguir um montante de
uma reserva de ATP que seja suficiente para ser registrada e eliciar uma
resposta.
Existe um limiar para a liberação de energia para
algumas informações (“inputs”). O cérebro avalia e “compreende” o que é
importante e o que não é para o seu gasto de energia. Quando o estoque de ATP
está baixo, muitos estímulos não evocam resposta. Esse estado de baixa
atividade em algumas células cerebrais que são superativas indica um estado de
fadiga nas funções controladas por essas células.
O mesmo processo ocorre com as reservas de GTP. Em
algumas situações de emergência, alguma energia do estoque de GTP pode ser enviada
para as reservas de ATP, para sustentar as funções mais importantes que, de
outro modo, iriam ser afetadas pela falta de energia.
O armazenamento de energia nas reservas do cérebro
parecem estar em estreita dependência à disponibilidade de açúcar. O cérebro
está constantemente deslocando o açúcar do sangue para suas reservas de ATP e
GTP.
Recentemente
foi descoberto que o corpo humano tem a capacidade de gerar energia
hidroelétrica quando a água passa através da membrana, ativando bombas
geradoras de energia muito especiais. Muito semelhante à geração de energia
hidroelétrica de uma barragem construída em um grande rio.
Desse modo, o cérebro usa dois mecanismos para
manutenção de suas necessidades de energia:
Um através do metabolismo do alimento e formação
de açúcar; outro pelo fornecimento de água para a conversão em energia
hidroelétrica. Parece, portanto, que o cérebro depende extensivamente da
produção de energia de hidroeletricidade, especialmente para seu sistema de
transporte que alimenta as diferentes partes do corpo.
Para satisfazer às necessidades do cérebro, o
corpo humano precisa desenvolver um sistema de equilíbrio muito delicado, para
poder manter uma variação normal de concentração de açúcar no sangue. E ele o
faz de duas maneiras. Primeiro ao estimular a ingestão de proteínas e carboidratos,
que vão se transformar em açúcar, além do açúcar que é ingerido diretamente na
alimentação. Em segundo lugar, ao transformar proteínas e carboidratos das
reservas do corpo em
açúcar. Este mecanismo é chamado Gliconeogênese, que
significa “formação de açúcar a partir de outros materiais”. Esse processo
ocorre no fígado.
Essa dependência da maioria das funções cerebrais
no açúcar fez desenvolver uma busca de saciedade ou o prazer associado ao
paladar doce. E estabeleceu um sistema de código para coordenação das funções
de outros órgãos, especialmente pelo fígado, quando o paladar doce estimula a
língua. Quando não existe açúcar suficiente na circulação, o fígado começa a produzi-lo
e equilibra o nível do sangue pela adição constante de mais açúcar. Primeiramente
transforma os carboidratos, depois as proteínas e, finalmente, pequenas
quantidades de gordura. A conversão de gordura é um processo muito lento.
O corpo precisa ficar sem alimento durante certo
tempo para que um nível mais alto de metabolismo de gordura aconteça. Proteínas
são mais acessíveis e mais fáceis de serem decompostas do que a gordura. Os
depósitos de gordura são formados de pequenas quantidades de ácidos graxos
ligados. São essas unidades de ácido
graxo que são digeridas para o valor energético: cada grama produz nove
calorias de energia. Cada grama de proteína ou açúcar fornece apenas quatro
calorias, e essa é a razão pela qual, quando a gordura é metabolizada, a pessoa
sente muito menos fome.
Nas crianças, as reservas de gordura são de cor
marrom e têm muito sangue circulando nelas: a gordura é metabolizada
diretamente e a caloria é gerada. Em idade mais avançada, essas reservas
possuem menor quantidade de sangue e são menos acessíveis à função enzimática
que iria mobilizar os ácidos graxos para a conversão no fígado e nos músculos.
Quando os músculos estão inativos, eles são
facilmente atingidos e suas proteínas decompostas para a conversão em açúcar. Entretanto,
se os músculos são usados (através de exercícios regulares), eles começam a metabolizar seus
estoques de gordura como fonte de energia para trabalhar e manter ou aumentar
sua massa. Para fazer isso, eles ativam a enzima “lipase-hormono-sensitiva”.
Foi mostrado em repetidos exames de sangue na
Suécia que a atividade dessa enzima aparece depois de 1 hora de caminhada, e se
mantém durante 12 horas. Uma vez que os músculos começam a usar a gordura, mais
açúcar vai ser disponibilizado para ser usado no cérebro.
Com caminhadas repetidas, a atividade de queima da
gordura por essas enzimas se torna mais acentuada. Assim, em qualquer programa alimentar deve
constar a atividade muscular para promover um efeito duradouro, primário e
fisiológico na queima de gordura. É
também essa enzima que irá “limpar” as paredes dos vasos sanguíneos de placas e
depósitos de gordura.
Refrigerantes dietéticos causam aumento de peso
A cafeína, um dos mais importantes ingredientes
dos refrigerantes, é uma droga. Tem propriedades de viciar e causar dependência
pela sua ação direta no cérebro. Age também nos rins, causando um aumento de
produção de urina, já que também possui propriedades diuréticas. Portanto, a
cafeína é fisiologicamente um agente de desidratação. Essa característica se
configura uma das principais razões de uma pessoa ser induzida a beber
quantidades imensas de refrigerantes todos os dias, e nunca ficar satisfeita. A
água não fica no corpo o tempo suficiente. E se estabelece um círculo vicioso
que leva a um aumento constante de consumo. O outro ponto é o fato das pessoas
confundirem a sua sede por água. Pensando que ingerem água suficiente nos
refrigerantes, interpretam sua sede como fome, e começam a comer mais do que o
seu corpo precisa. Assim, a desidratação causada pelo consumo de refrigerantes
“cafeinados”, no tempo certo, vai causar um aumento gradual de peso proveniente
da superalimentação induzida pela confusão nas sensações de fome e sede.
O reflexo mais importante que ocorre é uma reação
do cérebro ao paladar doce. O jargão usado é “resposta-fásico-cefálica”. Um
reflexo condicionado que se estabelece como resultado da experiência de toda
uma vida com o paladar doce, que é associado à introdução de uma nova energia
no cérebro: o açúcar. Quando o paladar doce estimula a língua, o cérebro programa
o fígado para se preparar para receber uma energia que vem de fora; o fígado,
por sua vez, pára de metabolizar açúcar a partir das reservas de proteínas e
carboidratos e, em vez disso, começa a estocar os combustíveis metabólicos que
estão circulando no sangue. Como mostraram Michael G. Tardoff, Mark I. Friedman
e outros cientistas, as “respostas fásicas cefálicas” alteram a atividade
metabólica em favor do armazenamento de nutrientes. O combustível disponível
para conversão é reduzido, o que leva ao aumento do apetite.
Se é o açúcar que estimula essa resposta, o efeito
no fígado vai ser o de regular aquilo que entrou no corpo. Entretanto se a
estimulação do paladar doce não vier seguido da disponibilidade do nutriente -
ou seja, existe a estimulação, a resposta condicionada, mas sem a entrada do
que o corpo se preparou para receber - o
resultado é uma maior vontade de comer. E comer demais!
O efeito dessa resposta condicionada foi mostrado
em experimentos com o uso de sacarina em animais. E com seres humanos, outros cientistas
desenvolveram experimentos semelhantes, só que com o Aspartame. Blundel e Hill
mostraram que os adoçantes artificiais (solução de aspartame) aumentam o
apetite e a saciedade é menos duradoura: a pessoa come mais vezes. Eles relataram:
depois da ingestão de alimentos adoçados com o aspartame, as pessoas ficaram
com uma fome residual, o que não aconteceu quando a glicose foi usada. Essa
fome residual é funcional e não fisiológica e induz ao aumento de ingestão de
alimentos.
Tardoff e Friedman mostraram que essa necessidade
de comer depois da ingestão de adoçantes pode durar até 90 minutos, mesmo
quando todos os testes sanguíneos mostram valores normais. Eles mostraram que
mesmo quando os níveis de insulina no sangue são normais, os animais testados
consumiram mais comida que os do grupo controle. O que isso significa é que o
cérebro retém durante muito tempo o impulso por comida quando as papilas
gustativas específicas do paladar doce foram estimuladas sem que o açúcar entre
no sistema. O gosto doce vai fazer o cérebro programar o fígado para armazenar
nutrientes, em vez de liberá-los de suas reservas.
Quando a cafeína e o aspartame são introduzidos no
corpo, eles irão ditar seu efeito estimulante na fisiologia celular do cérebro,
fígado, rins, pâncreas, glândulas endócrinas, etc. O aspartame é convertido em
fenilalanina e aspartato. Ambos têm efeitos estimulantes para o cérebro.
A maioria dos neurotransmissores são produtos
secundários de um ou outro aminoácido. No entanto, o aspartame é um de um par
de aminoácidos únicos que não precisam ser convertidos para exercerem sua ação
sobre o cérebro. Existem receptores para esses aminoácidos estimulantes
(aspartame e glutamato) em algumas células nervosas que influenciam
drasticamente a fisiologia do corpo.
Os adoçantes artificiais, pela sua falsa
estimulação que registra a entrada de suprimentos de energia que não existem,
trazem consequências mais severas do que a de simplesmente causarem aumento de
peso. Conduzem a fisiologia do corpo na direção ditada pelo sistema nervoso que
estimulam.
Pesquisas mostram que os receptores do aspartame
estão abundantemente presentes em alguns sistemas nervosos cujos produtos
também estimulam os órgãos reprodutores e mamas. Uma estimulação constante das
glândulas mamárias, sem outros fatores associados à gestação, pode aumentar o
risco de câncer nas mulheres. O hormônio
prolactina pode exercer o papel principal nessa direção.
Uma das complicações menos estudadas do aspartame
a sua ação como possível agente cancerígeno no cérebro. Em experimentos com
ratos, o aspartame induziu à formação de câncer cerebral.
Asma e Alergias
Asma e alergias são indicadores de que o corpo foi
levado a um aumento na produção do neurotransmissor histamina, um sensor que
regula o metabolismo da água e sua distribuição pelo corpo.
Sabe-se que os asmáticos possuem um conteúdo
aumentado de histamina nos tecidos dos seus pulmões e que é essa histamina que
regula a contração dos brônquios. Desde que um dos locais de perda de água
através de evaporação esteja nos pulmões, a constricção dos brônquios produzida
pela histamina significa menos evaporação de água durante o ato de respirar –
um simples recurso de preservação da água do corpo.
A histamina é um agente que, à parte sua função
reguladora de água, tem ação no sistema de defesa antibacteriana, antiviral e
imunológica do corpo humano. Em um nível normal de água, essa ação acontece de
maneira imperceptível e discreta. Em um estado de desidratação do corpo, ao
ponto da atividade da histamina se exacerbar para a regulação da água, a
ativação de um sistema imunológico de células produtoras de histamina irá
liberar uma quantidade exagerada de transmissores que é mantida nas reservas para
suas outras funções.
Foi mostrado em experimentos com animais que um
aumento no consumo de água faz diminuir a produção de histamina. As duas condições
devem ser reguladas através de um consumo de água cuidadoso e persistente. Na
média, essas condições mudam após uma a quatro semanas de consumo de água
controlado.
Não se esqueça que, se o sangue concentrado atinge
os pulmões, a produção local de histamina
é um processo natural e automático. Sua liberação exagerada vai produzir
constricção dos brônquios. Se você sofre de asma ou alergias, aumente o seu
consumo de água diário. Mas não beba
demais, achando que pode desfazer o dano de muitos meses ou anos de
desidratação em apenas alguns dias exagerando no consumo de água. É preciso
beber uma quantidade natural todos os dias – de 8 a 9 copos – até que uma
hidratação completa seja atingida após um longo período de tempo.
Reduza o consumo de suco de laranja para 1 ou 2
copos, no máximo, por dia. A quantidade de potássio presente no suco de laranja
é alta. Altas taxas de potássio no corpo podem promover uma produção de
histamina mais alta do que a normal. Nos asmáticos esse ponto precisa ser foco
de atenção.
Permitam-me explicar outro assunto muito
importante, referente à asma: o papel do sal. Quando existe escassez de água, o
corpo começa a reter sal. Em algumas pessoas, os mecanismos reguladores de sal
são ineficientes. Some a esse problema fisiológico uma educação alimentar
equivocada e dietas sem sal, que se tornaram uma tendência em nossa sociedade.
Em algumas pessoas a carência de sal no corpo pode acontecer e se tornar origem
de sintomas exatamente como acontece com a desidratação em algumas dores de
artrite. No meu ponto de vista, em ataques severos de asma, a carência de sal é
um fator de importância. Gostaria de
dividir um “segredo” com vocês: o sal é um antihistamínico natural. Pessoas com
problemas de alergia deveriam começar a aumentar seu consumo de sal para
prevenir a produção excessiva de histamina.
O sódio é um mucolítico natural é, normalmente,
secretado para “soltar” o muco. É por isso que sentimos um gosto salgado no
catarro quando este entra em contato com a língua. O sal é necessário para
dissolver o muco nos pulmões e liquefazê-lo para ser expelido pelas vias
aéreas. Na desidratação e em conjunto com os mecanismos da preservação de água,
um programa simultâneo de preservação de sal integrado se estabelece. Não
perder sal para a secreção do muco é parte desse programa. O corpo precisa se
assegurar de que tanto a água quanto o sal estão disponíveis antes que a constricção
dos brônquios diminua e o muco se torne solto o suficiente para ser eliminado.
Em crianças com pulmões fibrocísticos essa
relação entre sal e água para desenvolvimento e função normal dos pulmões,
assim como a eliminação do muco, deve ser levada em grande consideração.
É por isso
que a asma não é uma “doença” de que se possa curar. É uma adaptação
fisiológica do corpo à desidratação e escassez de sal. Vai voltar em qualquer
época em que não seja dada atenção suficiente ao consumo de água e sal.
Uma pitada de sal na língua depois de beber água
engana o cérebro a pensar que muito sal entrou no organismo. É, então, que o
cérebro começa a relaxar os bonquíolos. Álcool e cafeína contribuem para ataques
severos de asmas. Pessoas com asma precisam aumentar levemente seu consumo de sal.
Essas notícias estão, agora, se tornando mais
conhecidas. Talvez seja possível acabar em menos de cinco anos a tortura
causada pela ignorância médica sobre a desidratação crônica que condena tantos
milhões de crianças a sofrerem desnecessariamente, a ponto de milhares morrerem
em decorrência da asma. O que é preciso se tornar claro é o fato de que
respirar se torna difícil para elas porque seu corpo está com sede. Elas
precisam saber disso!
Alguns aspectos metabólicos do Stress e da Desidratação
Água e sal são absolutamente essenciais para a
geração de energia hidroelétrica, particularmente para os mecanismos de
neurotransmissão.
A razão e o mecanismo com que se altera o nível de
açúcar no sangue é bem simples. Quando a histamina se ativa no mecanismo
regulador de água e de gerenciamento de energia, ela também ativa um grupo de
substâncias conhecidas como Prostaglandinas (PGs). As PGs estão envolvidas com
os sistemas secundários de distribuição racionada de água para as células
do corpo.
O pâncreas – uma glândula muito complexa, situada
entre o estômago e o duodeno – mais do que ser a sede da produção de insulina,
é o responsável pela produção de abundantes quantidades de solução aquosa
contendo bicarbonato. Essa solução de bicarbonato é esvaziada no duodeno para
neutralizar o ácido oriundo do estômago. É assim que o ácido do estômago é
neutralizado.
Acontece que, enquanto o agente estimulante PG do
tipo E é responsável pelo desvio da circulação para o pâncreas, de forma que a
solução de bicarbonato possa ser produzida, ao mesmo tempo inibe a secreção de
insulina do pâncreas. Os dois sistemas agem em cooperação. Na
medida em que um sistema precisa ser servido, o outro fica em segundo plano.
Por quê? Simplesmente, a insulina promove a
entrada de potássio, açúcar e alguns aminoácidos nas células do corpo. Com eles
a água também vai passar para dentro da célula, que foi estimulada pela
insulina. Essa ação vai, automaticamente, reduzir a água disponível no exterior
da célula, onde é mais facilmente accessível. Num estado de desidratação, a
ação da insulina vai ser contraprodutiva.
A lógica empregada na natureza do corpo humano
instalou dois recursos de distribuição de água para o pâncreas e a inibição
necessária da ação da insulina no mesmo agente – a Prostaglandina E. Dessa
maneira, e às custas de severa privação de algumas células, a água se torna
disponível para a digestão de alimentos e neutralização de ácidos no intestino.
Quando isso acontece, quando a secreção de
insulina é inibida, com exceção do cérebro, o metabolismo do corpo é
severamente quebrado. Num um estado de desidratação, o cérebro se beneficia
dessa inibição de insulina, pois as suas células não dependem da insulina para
realizar suas funções, enquanto que as células da maior parte do corpo são
totalmente dependentes das propriedades da insulina para exercer suas funções
normais. Se pensarmos nisso, existe uma lógica para o produto final para a
diabetes não dependente da insulina na desidratação severa.
Por que é chamada diabetes insulino-independente?
Porque o corpo se mantém capaz de produzir insulina embora precise da
influência de certos agentes químicos que promovam sua secreção.
O fenômeno de inibição de insulina na desidratação
mostra que a função fundamental da glândula pancreática é dirigida para a
provisão de água para o metabolismo – digestão de alimentos. A inibição de
insulina é um processo de adaptação da glândula à desidratação do corpo.
O Triptofano e a Diabetes
O cérebro é “programado” para se renovar por si
mesmo quando existe escassez de água e sal no organismo. Ele eleva os níveis de
açúcar no sangue com a intenção de favorecer o equilíbrio osmótico da mesma
maneira que um médico ressuscita um paciente através do uso de açúcar e soro
fisiológico contendo sal. Precisamos, também, reconhecer outro aspecto muito
simples: a atividade osmótica que precisa estar disponível para a regulação do
volume de água fora da célula é desenvolvida, inicialmente, pelo seu teor de
sal, pelo seu teor de açúcar aumentado e, algumas vezes, pelo teor de ácido
úrico também aumentado.
Mas na diabetes
insulino-dependente pode acontecer uma redução drástica de sal e, nesse caso, o
cérebro não tem outra alternativa que não a de elevar o nível de açúcar para
compensar a escassez de sal nas reservas do corpo. Esse processo é uma etapa
automática da atividade cerebral que é comandada pelas várias funções do
triptofano, sejam diretas ou indiretas. Também foi mostrado que o triptofano é
uma substância básica de o que corpo precisa como um componente vital para a
conversão dos três ou quatro neurotransmissores conhecidos até agora.
Na diabetes insulino-independente, a pessoa
precisa prestar muita atenção a uma ingestão adequada de proteínas para fazer
frente a possível insuficiência de triptofano que pode ser a causa da doença.
Por quê? Parece-nos que a desidratação causa um
esgotamento do triptofano do cérebro, o aminoácido mais essencial do corpo
humano. Quando existe uma quantidade adequada de triptofano no cérebro, entre
outros efeitos, existe um aumento no limiar de dor e a pessoa suporta a dor de
maneira melhor.
O teor de triptofano no cérebro apresenta uma
grande queda em seus níveis em animais diabéticos.
Para novamente ressaltar aquele ponto, sal, açúcar
e ácido úrico estão envolvidos no equilíbrio das forças osmóticas existentes no
fluido circundante das células. O teor de sal é o elemento principal desse
equilíbrio osmótico. As propriedades reguladoras do triptofano, ou seus
sistemas neurotransmissores dependentes, exercem um mecanismo de manutenção do
teor de sal no corpo. Serotonina, Triptamina, Melatonina e Indolamina são
derivados do triptofano e são todos neurotransmissores. Assim, o triptofano é um regulador cerebral natural
na absorção de sal no corpo. Isso sugere que níveis baixos de triptofano –
e, em consequência, os produtos dos seus neurotransmissores – vão estabelecer
reservas de sal abaixo do normal.
Como
mecanismo de reserva, o sistema do RA parece compensar essa escassez induzindo
a retenção de sal no corpo. As atividades da histamina e do seu sistema RA se
tornam, progressivamente, ligadas se os sistemas neurotransmissores triptofano-dependentes
se tornam menos envolvidos – através de uma redução ou esgotamento do triptofano.
Segue-se a isso que uma dieta pobre em sal não é indicada para a correção das
altas taxas de açúcar do diabético.
Se existe
uma tendência para baixo na taxa de açúcar no sangue, um leve aumento no
consumo diário de sal pode se tornar inevitável) como
ajuste da dieta.
O triptofano é também o mais importante aminoácido
empregado na correção de erros do DNA no processo de cópia ou produção de
réplica deste. Com outro aminoácido, Lisina, ele forma um sistema de pontes (o
tripé lisina-triptofano-lisina) que elimina corta e emenda as imprecisões na
transcrição do DNA. Essa propriedade do triptofano
é a mais essencial para a prevenção do desenvolvimento de células cancerosas no
corpo.
Com o reabastecimento do triptofano do cérebro, os
sistemas operados pela histamina vão ser distribuídos de volta às suas funções
originais. O teor de sal do corpo vai estar mais regulado. O limiar de dor se
eleva. A secreção de ácido no estômago estará sob controle normal. A pressão
sanguínea retorna aos seus níveis normais para a operação de todas as funções
do corpo. Rins, fígado, cérebro, pulmões, atividades digestivas
gastrointestinais, a filtragem da água para as células nervosas, as
articulações e todo o resto irá funcionar dentro de sua variação de
normalidade.
Minha pesquisa mostrou que existe relação direta
entre o consumo diário de água – hemodiluição – e a eficiência funcional no
sistema de transporte para a passagem do triptofano para o cérebro. Escassez de
água e a liberação proporcional de histamina causam uma aceleração no
esgotamento de triptofano no fígado. Sugere que um consumo adequado de água
impede o mecanismo exacerbado e ineficaz do triptofano no corpo. A desidratação
crônica causa sua perda a partir dos recursos de diferentes aminoácidos
mantidos no corpo.
O triptofano não pode ser produzido no corpo – precisa
ser fornecido através da ingestão de alimentos. É um dos aminoácidos
essenciais. Assim, hidratação do corpo, exercício físico e ingestão correta de
alimentos reabastecem as reservas de triptofano do cérebro.
Diabetes Insulino-dependente
Na diabetes insulino-dependente a atividade de
produzir insulina pelo pâncreas está perdida. Para controlar a diabetes,
injeções de insulina diárias são essencialmente necessárias. Essa condição está
se tornando um pouco mais conhecida.
Dentro do processo de quebra de proteína para
mobilização das reservas de aminoácidos, os mecanismos de liberação de
cortisona também promovem a secreção de uma substância chamada IL-1
(Interleucina), que é um neurotransmissor. Existe um efeito de aumento entre o
mecanismo de liberação de cortisona e a produção de IL-1. Um promove a secreção
do outro. A interleucina também promove a secreção de outra substância
secundária chamada IL-6. Assim, a produção de IL-1 irá conduzir uma promoção
simultânea de produção de IL-6.
Foi mostrado em culturas de células que o IL-6
destrói a estrutura do DNA de células produtoras de insulina. Essas células
atingidas pelo IL-6 não produzem mais insulina. Eu assumo (e já publiquei esse
meu ponto de vista) que a desidratação continuada e seus distúrbios no
metabolismo de aminoácidos no corpo é o maior provável responsável pela destruição
da estrutura do DNA nas células beta, produtoras de insulina do pâncreas.
Assim, a desidratação e o consequente stress fisiológico, podem, em última
análise, ser responsáveis pela emergência da diabetes insulino-dependente.
Novas idéias sobre a AIDS
Nesta secção, estarei partilhando com vocês o
resultado de muitos anos de minha própria pesquisa nas razões e relação fisiológica
entre a AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – SIDA, em português) e os
distúrbios de metabolismo que podem ser causados por severo stress emocional e
físico. Eu defendi a idéia de que a AIDS não é uma doença viral, mas um
distúrbio metabólico precipitado por um estilo de vida desregrado. Também pode
ser igualmente causada por uma má nutrição severa em sociedades pobres e
assoladas pela fome.
Sei que essa
visão vai totalmente contra as convicções atuais forçadas pela apresentação de
um problema social pela mídia e é de responsabilidade de cientistas sérios
levar em consideração e explorar todos os aspectos dessa questão.
Estamos apenas começando a entender o que a AIDS
pode ser. Mas sabemos uma coisa que a AIDS não é: uma doença produzida por
vírus. Ao fim dessa seção vocês vão conhecer eventos
que se desdobram em torno da pesquisa da AIDS. Vou também mostrar a vocês que
eu fui um dos líderes da controvérsia.
Neste ponto, e através da perspectiva de um
distúrbio do sistema metabólico induzido pelo stress, uma compreensão mais
acurada da AIDS pode se tornar possível. Não deveríamos fechar os olhos apenas
porque nos venderam a idéia de que essa condição é causada por uma classe de
vírus convenientemente chamado Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Por algum tempo, foi cientificamente mostrado e
reconhecido que aqueles que sofrem de AIDS demonstram uma variação marcante na
composição de aminoácidos – o inventário dos aminoácidos disponíveis no corpo. Eles apresentam uma carência consistente e
drástica de metionina, cistina e cisteína – aminoácidos muito importantes.
Também apresentam um aumento múltiplo nos níveis de argenina e glutamato.
Esse estado de desequilíbrio severo de aminoácidos
parece durar algum tempo antes que o paciente se torne muito doente. Parece
que, em pacientes clinica e reconhecidamente portadores da AIDS, esse padrão de
composição de aminoácidos é dominante. Na seção sobre o triptofano foi mostrado
que o conjunto de aminoácidos do corpo pode mudar e se exaurir se alguns deles
forem usados mais do que outros.
Numa série de outros experimentos, quando o IL-6 e
substância similar (TNF – fator de necrose tumoral) são ligados a uma cultura
celular média que contém células com a habilidade de produzir o vírus,
partículas chamadas HIV são expelidas. Se antes da adição do IL-6 ou TNF a
cisteína for acrescentada, as partículas de HIV não são produzidas. Assim,
existe uma correlação direta entre a produção do HIV na AIDS e a concentração
de aminoácidos das de crescimento viral.
Em face disso, parece que os pacientes com AIDS
são vítimas de um desequilíbrio na composição de aminoácidos do seu corpo. Se
eles puderem corrigir seu metabolismo de proteína, eles podem se tornar capazes
de sobreviver e seu corpo de produzir resistência suficiente para combater
outras infecções agudas. Afinal, mesmo para produzir anticorpos para se
defender contra bactérias, o corpo precisa de ingredientes básicos dos
aminoácidos nas suas proporções corretas.
É uma pena que nosso olhar esteja no vírus e não
no desequilíbrio fisiológico existente nos pacientes de AIDS. É também
lamentável o fato de não entendermos os papéis metabólicos secundários do IL-6
no mecanismo secundário de liberação de cortisona e produção do IL-1. Esses
agentes, e outros do seu grupo, são produzidos para mobilizar matéria-prima das
reservas do corpo para combater o stress e reparar possíveis danos causados por
um fator que gere stress. Sua função é designada em torno do mecanismo de
quebra de proteínas que se dá nos músculos do corpo para convertê-los em seus
aminoácidos básicos para seu uso no fígado. Desse modo, a orientação geral em
situação de dano por stress, é mobilizar os componentes essenciais para o reaproveitamento
emergencial – um processo de auto-suprimento do corpo.
Um lutador de boxe contundido ou uma pessoa traumatizada
por um acidente, ou depois de repetidas cirurgias, vai depender desses
processos fisiológicos para limpar os tecidos rompidos e reparar o local do
dano. Se essa reconstrução é extensiva e se o IL-6 e o TNF estão envolvidos, a
quebra do DNA ou RNA das células atingidas vai produzir fragmentos exatos para
remover as “ruínas”, como numa obra em que se tem que desmembrar as estruturas
de aço de um grande prédio, que não pode ser destruído, e precisa ser refeito
um pedaço de cada vez. Esse é um processo muito reconhecido nas pesquisas em
feridas cirúrgicas.
É ainda mais lamentável que virologistas
apresentem a ação de limpeza local desses dois agentes do corpo como etapas na
produção do HIV em culturas médias de células. Nesse fragmento de informação
desconectada se coloca o argumento de que a AIDS é uma doença causada por
vírus.
Por quê? Porque foi elaborado um teste que marca e
aponta os determinados fragmentos produzidos pelo IL-6 ou TNF – parece que
algumas partículas de DNA ou RNA são rotuladas como HIV – e por isso existem
vários tipos.
Mais lamentável ainda que a composição do
aminoácido do HIV seja muito parecida com a da vasopressina. Uma vacina que
interrompa a atividade do HIV muito provavelmente vai também deter a atividade
da vasopressina. Essa parece ser a razão pela qual uma vacina eficaz contra o
HIV ainda não tenha sido produzida.
O mais lamentável de tudo é a divulgação da idéia
de que qualquer pessoa que apresente HIV positivo vai brevemente morrer de AIDS
porque a ansiedade de ter uma doença
incurável vai se tornar, em si, letal.
Sem penetrar no aspeto moral do assunto e nos
atendo a uma visão estritamente científica sobre o corpo humano, precisamos nos
tornar conscientes de um fato bem simples. Os tecidos da vagina e do ânus e reto
são propostos para fins diferentes. É verdade que ambos têm um sistema
sensorial ligado a um único mecanismo central para registro de dor e prazer,
mas, estruturalmente, eles não são iguais.
A vagina tem um revestimento celular espesso e com
muitas camadas que, além de não absorverem o sêmem facilmente, está preparada
para suportar a fricção e força transversa. E aqui existe um mecanismo para a
secreção de um muco lubrificante para suportar essas forças. Além disso, o
sêmem tem propriedades químicas que vão aumentar o espessamento e a resistência
da membrana vaginal e a pele do pênis se torna coberta por esse muco.
O líquido seminal secretado com o esperma tem uma
composição muito complexa. Ele contém uma substância chamada transglutaminase
(TGE). Em certas circunstâncias, o TGE liga algumas proteínas a outras. Também
faz algumas células morrerem de uma maneira especial, murchando e não
desintegrando, produzindo um espessamento das paredes da vagina e assim
tornando-a apta para relações sexuais entre homem e mulher. Essa propriedade do
sêmen, quando introduzido no intestino, vai alterar a qualidade de absorção da
água de sua mucosa – por isso ocorre a diarréia que é associada à AIDS.
O sêmen também contém proteínas com propriedade imunossupressoras
extremamente fortes.
É essa
propriedade do sêmem que vai facilitar a passagem do esperma para o útero e
trompas, para a fertilização do óvulo. Para o corpo, os milhões de
espermatozóides que penetram o útero são corpos estranhos invasores que serão
altamente reativos para a parede uterina e trompas, desde que eles não tenham
sido protegidos pelas propriedades imuno-supressoras das proteínas do sêmem que
banha o esperma.
Para que o esperma sobreviva agora, e mais tarde o
possível feto (que tem propriedades antigênicas diferentes das da mãe) possa
sobreviver durante os nove meses de gestação, o sistema imunológico da mãe precisa
ser suprimido. Parece que alguma coisa presente no sêmen (possivelmente uma proteína
do tipo uteroglobina chamada SV-IV) codifica a supressão da imunidade materna.
Resumindo, é essa propriedade imunossupressora do
sêmen que garante a sobrevivência do esperma inicialmente, e depois a do feto,
durante todo o tempo da gravidez até o nascimento do bebê. É interessante notar
que no terceiro trimestre da gravidez existe, frequentemente, uma mudança na
proporção T4:T8.
O sêmen não é absorvido pela vagina da mulher. Devido
à estrutura anatômica e à posição da vagina, o sêmen é drenado. Já o reto é
revestido por uma camada fina e delicada de células. No reto o sêmen é
absorvido e suas propriedades fisiológicas altamente potentes estão livres para
agir.
Entre os constituintes do sêmen existem
substâncias designadas a dominar o sistema imunológico do hóspede, da mesma
maneira que um dispositivo de radar em um avião de guerra para entrar no espaço
do inimigo e lançar suas bombas. Assim, o sêmen tem uma habilidade independente
de inibir o sistema imunológico do tecido hospedeiro. Por causa disso, os
marcadores da reversão do T4:T8 são registrados em homossexuais com AIDS.
Repetidas
secreções de sêmen no reto da mulher ou do homem, trazem a supressão inevitável
do sistema imunológico, não por causa de um vírus, mas por causa das
propriedades químicas do sêmen. Mulheres que praticam sexo anal para evitar
gravidez deviam se conscientizar desse risco.
Além do que foi dito acima, a parede intestinal
não é capaz de suportar a pressão envolvida na manipulação do reto para fins
sexuais. A razão pela qual tais manipulações sexuais se tornam possíveis se
deve a um fato: o trato intestinal não tem um sistema de sensibilidade à dor
aguda se o dano vier de dentro, a menos que atinja o peritôneo, que é uma
cobertura externa fina do trato gastrointestinal.
O peritôneo é fartamente provido de células
nervosas que irão registrar dor. Já no trato intestinal e reto, existe um
sistema que permite que os vários segmentos se dobrem um por cima dos outros em
seus movimentos durante a adaptação à passagem do material a ser absorvido ou
excretado. O reto não é completamente coberto pelo peritôneo da mesma maneira
que o resto do trato intestinal.
Assim, a mucosa interna do reto poder ser agredida
por ser bombeada, abusivamente dilatada e manipulada sem registrar o dano; na
mesma situação, a pele iria fazer soar um alarme quando sua resistência fosse
quebrada.
O reto é a parte final de uma estrutura anatômica
cuja atividade tem que ser desempenhada silenciosamente. Entretanto, isso não
quer dizer que o dano não seja reconhecido fisiologicamente e não significa que
cada passo da instauração fisiológica vá ser menos vigoroso.
Como parte do mecanismo de reparação do tecido, os
agentes químicos TNF, IL-1, IL-6 e outros do seu grupo vão ser secretados para
iniciar o processo de “gerenciamento de crise”. Se o dano é tal que a bactéria
residente é capaz de vencer as barreiras e iniciar uma atividade local
aumentada, a produção desses agentes vai aumentar (Foi mostrado em experimentos
que os pacientes de AIDS apresentam altos níveis de IL-6 e TNF em seu sangue).
Esse IL-6 aumentado, como foi explicado na seção sobre diabetes, também vai
destruir as células produtoras de insulina do pâncreas. Essa é uma explicação
simples para a diabetes apresentada nos estágios mais avançados da AIDS.
Os agentes que desempenham essas funções
necessárias são os hormônios e suas enzimas secundárias. O princípio é o mesmo.
Cada célula tem uma personalidade e precisa sobreviver no lugar se puder ser
recuperada. Apenas as mortas ou aquelas irreversivelmente danificadas vão ser
separadas e desprezadas.
Na manipulação retal, os mesmos agentes assumem a
operação de recuperação. Vai levar tempo para reproduzir uma cópia semelhante à
original e recuperar totalmente os tecidos. Se houver recorrência do agravo em
um tecido que já está enfraquecido, mais recursos desses agentes vão ser
necessários. Vai chegar a hora em que esses hormônios e seus secundários vão
estar permanentemente encarregados e sua presença no sangue vai se tornar
mensurável. Desde que a relação e a significação da presença aumentada desses
agentes não sejam avaliadas – e, além disso, a lógica da sua atividade não seja
reconhecida – parte de seu mecanismo funcional é focalizado e definido como
fator de causa da desorganização fisiológica, convenientemente rotulada como
AIDS para o consumo público.
Em pesquisa de laboratório foi mostrado que a
cisteína previne a produção do HIV em cultura de células. Em outras pesquisas,
foi demonstrado que pacientes com AIDS têm carência de cisteína e de sua
precursora cistina.
Em dois experimentos simples e de fácil
compreensão, a base metabólica para o desenvolvimento da doença foi claramente
demonstrada. Se for oferecida a cisteína às células que estão suficientemente
anormais para produzir HIV, sua anormalidade é corrigida e elas cessam a
produção de HIV.
Tudo o que precisamos saber é como esses pacientes
se tornam deficientes em cisteína. Deveríamos começar a pesquisa a partir
desse fenômeno, e não conduzir a pesquisa da AIDS a um caminha sem saída, ao assumir
que a doença é causada por vírus.
Parece-me que o teste de HIV ressalta a presença
de fragmentos de DNA e RNA de uma célula danificada – e indica um processo de
decomposição do núcleo da célula. Isso poderia ser produzido por muitos outros
fatores, entre eles a deficiência de cisteína e zinco, particularmente em
pessoas de países pobres e subdesenvolvidos. Também é possível que seja causado
por um dano local sério do reto, produzindo uma perda, a longo prazo, das
reservas de proteína do corpo.
Esse teste, por si só, não é um indicador preciso
da presença de uma agente que cause a doença. O HIV é produzido por um desequilíbrio severo na composição das
reservas de aminoácidos do corpo. É esse desequilíbrio devastador que mata os
pacientes, e não a partícula do HIV.
Assim que essa afirmação for feita, muitas
questões vão surgir nas mentes das pessoas que estão pesquisando a difusão do HIV
no sangue. É verdade que o sangue pode conter partículas de HIV liberadas; entretanto esse sangue também contém muitos
outros hormônios e transmissores – alguns ainda desconhecidos. Não se pode
assumir que a AIDS seja causada pelo HIV, a menos que os efeitos fisiológicos
dos outros vários componentes no soro ou no sangue sejam conhecidos.
Como exemplo hipotético Sir Peter Medawar, FRS
prêmio Nobel e presidente da Real Sociedade na Inglaterra, expressou sua
opinião de que existem certos genes no corpo que, uma vez ativados, vão
programar a morte do indivíduo. Em outras palavras, mesmo a morte é um fenômeno
ordenado e controlado.
A questão surge: as pessoas que perdem a refinada
definição de gênero (sexo) e se tornam desinteressadas de sua tendência natural
à procriação são mais susceptíveis à ativação dos genes que causam sua morte
prematura?
Numa série de experimentos significativos, os cientistas
Brodish e Lymangrove mostraram que o
stress intestinal produz um hormônio local que tem uma atividade muito forte e
duradoura. Age como um potente agente liberador de cortisona. Esse hormônio
pode transfundido no soro de um animal para outro. Ele fica no novo animal por
algum tempo e tem exatamente a mesma atividade de liberação de cortisona.
Os mecanismos de liberação de cortisona, em um
determinado nível, vão resultar na quebra nuclear e fragmentação do similar DNA
na formação da partícula do HIV. Novamente estamos diante de uma desordem
metabólica mesmo que os testes sugiram a formação da partícula HIV.
Precisamos entender que todos os processos de
produção nas células do corpo estão acontecendo no fluido médio; algumas partes
podem se perder, a menos que um sistema de fixação exista no lugar. Um ponto
importante que precisa de esclarecimento é o fato de que muitas unidades de
cisteína estão envolvidas na formação de um tipo de estrutura de fixação que
tem em alguns ganchos de zinco
ligados a um número de cisteínas que mantêm a estrutura do DNA em posição e
impede o desvio de seus segmentos.
A estrutura,
formação e função dos receptores dos hormônios sexuais em homens e mulheres
dependem muito fortemente da presença desses “ganchos” de zinco e cisteína. Assim, a deficiência de
cisteína no corpo daqueles que têm AIDS pode ter uma significação muito maior
do que parece a princípio. Poderia a perda de definição sexual em homens e
mulheres ser inicialmente causada pelas mudanças na composição de aminoácidos
com a deficiência das cisteínas e possivelmente de zinco? Eu, pessoalmente
penso ser essa uma possibilidade bem grande.
Quando você “pensa” com sua cabeça e não com seu
coração, você deve se perguntar: no caso do problema inicial e primário da AIDS
ser uma mistura errada na composição dos aminoácidos do corpo ao ponto de
atingir os atributos naturais da dominância sexual, é a AIDS passível de
prevenção?
O primeiro passo lógico é uma correção cuidadosa do
desequilíbrio fisiológico, casado com a educação necessária sobre os efeitos
destrutivos de se ceder a experiências homossexuais. Você pode imaginar o
acontece quando a mistura de aminoácidos para procriar um filho normal não está
disponível, seu impacto direto nos hormônios sexuais e seus receptores?
Deve-se lembrar que o projeto natural primário da
sexualidade é a procriação e criação dos filhos. É essa força que subjacente ao
projeto sexual.
Agora se chega um dilema social. Se a atual e
estabilizada indulgência em relação à gratificação homossexual se torna uma
norma aceita pela sociedade e pelos pais, eles estarão condenando as pessoas
envolvidas a uma erradicação mais rápida do inventário natural de sua criação,
afastando a humanidade da sua concepção natural. E faz parte desse modelo
natural o fato de que o corpo tenha no seu “desenho” direções sem-saída. O
desejo frequente de gratificação artificial pelo sexo anal é um deles.
Colocando juntas tantas condições de doença sob a
sigla AIDS, e fazendo o público olhar a AIDS como uma doença somente produzida
por um vírus lento, meus colegas desse ramo de pesquisa estão causando um prejuízo
à humanidade. Eles se desviam claramente da verdade e, nesse processo, usam
mais fundos para pesquisas, vendem mais kits de testes e promovem a venda de
drogas perigosas que aceleram a deterioração do sangue daqueles a quem se propõe
tratar.
Outra pergunta que precisa ser feita toca a
relação entre o uso da morfina intravenosa e heroína e a produção da AIDS. A
resposta pode, possivelmente, ser encontrada nas propriedades químicas dessas
substâncias sobre a fisiologia do corpo. Substâncias do tipo morfina registram
seus efeitos no sistema nervoso, que manda mensagens através da serotonina como
seu agente neurotransmissor. O sistema nervoso e as substâncias do tipo morfina
são capazes de alterar o padrão metabólico do corpo. Endorfinas, as morfinas
naturais do corpo, não só suprimem a sensação de dor e produzem euforia, mas
também alteram o nível da sensação de fome. Pessoas que usam morfina e heroína
perdem o apetite e não se alimentam adequadamente. E começam a depauperar o
próprio corpo.
Além disso, aqueles que usam essas drogas de
maneira regular são pessoas altamente estressadas, seja pela razão primária que
os levou a usar drogas ou pela dificuldade de ter uma alimentação regular. De
qualquer jeito, o stress fisiológico se estabelece e, por causa do metabolismo
alterado, as necessidades diárias do corpo não vão ser atendidas.
Quando morfina e heroína são usadas, e com a consequente
supressão da sensação de fome e sede, esse quadro nutricional se agrava. Nos
países onde as pessoas costumavam fumar ópio, um grande número de pessoas veio
a morrer de infecções pulmonares, exatamente o quadro que hoje é atribuído ao
vírus e a agulhas contaminadas.
Também é importante saber que existe um intervalo
de tempo entre o diagnóstico do HIV no corpo e a produção dos sintomas clínicos
da AIDS. Posso assegurar a você que o
desequilíbrio de aminoácidos durante esse intervalo de tempo se torna um fator
letal muito mais potente do que o “vírus da AIDS”. No início, o corpo
produz anticorpos para o vírus. É apenas depois de algum tempo que a produção
de todos os anticorpos se torna insuficiente e ineficaz.
Devemos nos
lembrar que uma composição de aminoácidos bem balanceada e equilibrada é absolutamente
essencial para a produção de anticorpos pelos glóbulos brancos e pelas células
hepáticas.
Outro aspecto terrível da AIDS é a crueldade com
que são afetados os bebês que nascem de mães soropositivas. Deve ficar claro
que, se a mãe tem deficiência de certos aminoácidos no seu corpo, ela não tem
capacidade de prover o bebê da composição necessária de aminoácidos para seu
desenvolvimento. Mesmo que ela tenha uma deficiência mínima de metionina,
cistina, cisteína, triptofano e outros aminoácidos, o bebê estará fadado a ter
carência dos mesmos elementos, o que vai, provavelmente, predispor à
fragmentação do DNA no processo de desenvolvimento celular, em especial no
desenvolvimento que ocorre durante a fase de amamentação.
Desdobramentos na Pesquisa da AIDS
O professor Luc Montagnier do Instituto Pasteur,
foi quem primeiro descobriu o vírus que depois seria chamado de HIV. O referido
professor francês isolou esse vírus que se supunha inibir o sistema
imunológico. Ele mandou amostras do vírus para Dr. Roberto Gallo na América,
que estava também trabalhando em um método para isolar e testar um vírus da
AIDS no corpo.
Dr. Gallo, posteriormente, requereu a patente para
um “kit” de teste. O governo francês iniciou um processo legal pedindo seu
direito na descoberta do vírus. Mais tarde, e depois de muita disputa judicial,
as duas partes fizeram um acordo para dividir parte do dinheiro dos kits de
testes. O resto do dinheiro foi usado em pesquisas subsequentes. Mas os
franceses não iriam permanecer quietos e forçaram investigações posteriores sob
a alegação de impropriedade científica. Depois de minucioso exame, ficou
definido que o Dr. Gallo tinha usado a amostra francesa na sua patente.
Prof. Montagnier parece ter mudado seu ponto de
vista original, e agora, considera não ser o vírus de importância primária para
a AIDS. Em entrevista a um jornal, o professor admitiu agora aceitar a
possibilidade da AIDS ter outras causas. Ele parece aceitar a possibilidade da
existência da AIDS mesmo sem a presença de HIV. O professor deve ter reunido
muitos argumentos que sustentam o fato do HIV não ser a única causa de um grupo
de doenças classificadas como AIDS. Uma mudança drástica aconteceu nos
princípios defendidos pelo Prof. Montagnier.
O Prof. Duesberg, que pesquisou a verdadeira
composição do vírus – ao mesmo tempo em que os outros acreditavam apenas nas
suas propriedades causadoras da doença – mostrou o vírus como sendo incapaz de
causar a AIDS. Houve muitos debates, mas seus argumentos não atingiram os
grupos organizados em torno da pesquisa viral da AIDS na América e na Europa.
Ele não conseguiu oferecer uma explicação científica alternativa para a causa
da AIDS – e assim não conseguiu provar seu argumento.
Os cientistas desse campo estavam procurando
idéias científicas plausíveis que levassem a uma solução do problema. Afirmar
que a AIDS não seria uma doença viral não foi suficiente – razões científicas
mostrando um outro caminho teriam que ter sido apresentadas.
O tratamento mais simples da Medicina
Seu corpo precisa um mínimo absoluto de seis a
oito copos de água por dia. Álcool, café, chá e qualquer outra bebida contendo
cafeína, não podem ser contados como água.
As melhores horas de se beber água (observado
clinicamente em úlcera péptica) são: 1 copo meia hora antes das refeições –
café, almoço e jantar – e a mesma quantidade meia hora depois. Para se ter a
segurança de não se estar oferecendo menos do que o necessário, mais 2 copos
devem ser tomados em torno da refeição mais pesada ou antes de dormir.
Além disso, a sede deve ser satisfeita a qualquer
hora. Com o aumento do consumo de água, o mecanismo da sede se torna mais
eficiente. Seu corpo pode, então, “pedir” a você para consumir mais do que o
mínimo acima citado.
Ajustar o consumo às refeições evita que o sangue
fique concentrado como resultado da ingestão de alimentos. Quando isso acontece,
ele desvia água das células em torno dele.
Nessa abordagem de prevenção de doenças não existe
necessidade de se manter preso a uma prática rígida de dieta para controlar
essa ou aquela condição clínica, desde que o consumo de água preceda a ingestão
dos alimentos.
Entretanto, uma palavra de conselho no sentido de
limitar comidas muito gordurosas e frituras. Gorduras se transformam em ácidos
graxos e circulam no sangue. Os ácidos graxos vão substituir o triptofano que
está preso à albumina para ser estocado e protegido enquanto circulando livre
no sangue.
O fígado vai atacar e destruir o triptofano se sua
forma livre na circulação ultrapassar 20% do seu conteúdo total. No tempo certo,
um excesso de comida gordurosa vai destruir as reservas de triptofano do corpo.
Está é uma das razões mais importantes pelas quais comidas gordurosas não são benéficas para a
saúde.
Cor da urina:
A coloração normal da urina não deve ser escura.
Deve, de maneira ideal, ser incolor ou amarelo claro. Se começar a se tornar
amarelo escuro, ou mesmo alaranjado, você está se tornando desidratado.
Significa que os rins estão trabalhando pesado para se livrar das toxinas do
corpo, em uma urina bem concentrada.
Urina escura significa desidratação.
Dieta sem sal: um sério equívoco
Em torno de 27% do conteúdo de sal do corpo está
armazenado nos ossos sob a forma de cristais. Sabe-se que os cristais de sal
são usados naturalmente para tornar os ossos fortes. Assim, deficiência de sal
no corpo pode ser responsável pelo desenvolvimento de osteoporose. O sal será
retirado dos ossos para manter seus níveis vitais normais no sangue.
A baixa ingestão de sal vai promover acidez em
algumas células. Uma alta acidez na célula pode atingir a estrutura do DNA e
ser um mecanismo de iniciação para a formação de câncer em algumas células.
Experimentos mostraram que um número considerável de pacientes com câncer apresenta
baixos níveis de sal no seu corpo.
Repetindo: quando o corpo começa a coletar sal
está fazendo isso para manter a água no corpo. Desse “edema líquido” ele pode
filtrar parte da água e jorrá-la através da membrana celular para dentro de
algumas células, como no processo de purificação de água usado com plantas que,
através da osmose, “produzem” água potável para comunidades que não têm acesso
a água fresca. É por isso que um aumento de pressão sanguínea é necessário para
permitir uma força de filtragem.
Deve-se tomar cuidado com perda de sal do corpo,
quando o consumo de água é aumentado e a ingestão de sal não é. Depois de
alguns dias tomando de seis a dez copos de água por dia, você deve começar a
pensar em adicionar um pouco mais de sal na sua dieta.
Se você começar a sentir cãimbras nos músculos à
noite, se lembre que você está se tornando deficiente em sal. Cãimbras em
músculos não exercitados frequentemente significam carência de sal no corpo. Tonturas
e sensações de desmaio também sugerem carência de sal; nesse caso você deve
também aumentar o consumo de vitaminas e sais minerais - especialmente se você
está em dieta para perder peso ou não se alimenta corretamente – de preferência
de frutas e legumes.
Desenvolvi uma regra básica para a ingestão de
sal. Por cada 10 copos de água, a pessoa deve acrescentar meia colher de chá de
sal marinho não refinado por dia. Uma colher de chá de sal grosso contém 6g de
sal. Meia colher, em torno de 3g. Com certeza a pessoa tem que se certificar se
os seus rins estão produzindo urina satisfatoriamente. Caso contrário, o corpo
vai inchar. Se você sentir que sua pele e seus tornozelos começam a inchar, não
entre em pânico. Reduza
a ingestão de sal por alguns dias, mas aumente o consumo de água até a inchação
nas pernas desaparecer.
Você também
deve aumentar seus exercícios físicos: a atividade muscular vai drenar o
excesso de líquido para dentro da circulação sanguínea e algum sal vai se
perder na transpiração e urina. Não fique na mesma posição por muito tempo.
Gostaria de informar a vocês que uma grande
maioria de medicamentos frequentemente usados é direta ou indiretamente anti-histamínicos
fortes. A maior variedade é usada na psiquiatria e em pacientes com depressão.
Muitas das drogas antidepressivas no mercado são anti-histamínicos – tanto que
alguns gastroenterologistas estão usando essas drogas no tratamento de úlcera,
porque elas são mais baratas.
Existem muitas delas no mercado, e, por causa da
concorrência, seus preços são mais baixos do que os dos tradicionais
bloqueadores de H2O que antes monopolizavam o mercado.
Essa informação é dada para mostrar que a
indústria farmacêutica aceita a ação significante da histamina no corpo humano.
Eles não estão aqui para nos informar sobre o papel da histamina na regulação
da água no corpo. Eles são empresas de negócios e estão interessados na venda
de seus produtos.
Da próxima vez que seu médico prescrever um
medicamento para você, pergunte se ele tem alguma atividade anti-histamínica. Os anti-histamínicos afetam violentamente os
sistemas imunológicos do seu corpo até o nível da medula óssea.
O Sistema de Saúde e as nossas responsabilidades
Se você sofreu consequências da ignorância da
prática médica para os pedidos de água no seu corpo, saiba que é
responsabilidade do médico que lhe assiste garantir e supervisionar o seu
retorno à saúde. Isso implica em
suspender os medicamentos que estão sendo usados para “tratar” a desidratação
crônica do seu corpo.
Você precisa se certificar de que seu médico
conhece as informações sobre metabolismo de água e se reconhece os outros
sinais de seu corpo, quando a desidratação começa a alterar a sua fisiologia.
Seu médico é responsável por você e, para isso, precisa se tornar informado
dessa mudança de paradigma,
É sua responsabilidade ajudar seu médico a se
inteirar dessa mudança de paradigma. É sua responsabilidade ajudar a mudar o
Sistema de Saúde, para trabalhar para você e para as pessoas e por uma cura, e
não mais para os interesses comerciais e políticos dos seus administradores.
Pode ser que se torne necessária a aprovação de
uma legislação que oriente (os profissionais da área de saúde, no sentido de,
primeiramente, pesquisar a desidratação como fator de causa de doenças, antes
que qualquer procedimento farmacológico ou invasivo seja adotado.
A avaliação de drogas para uso final nos
procedimentos terapêuticos deve ser feita apenas depois dos pacientes estarem
completamente rehidratados e alguns dias tenham se passado antes de se inciarem
os exames, mesmo porque a água usada para se tomar as pílulas é imediatamente
mais efetiva em uma pessoa desidratada do que a composição química da pílula –
no caso da desidratação.
Eu expliquei que o efeito do placebo mostrado em
experimentos com drogas é mais provavelmente resultante de alguma correção
dessa hidratação não reconhecida que é fator na produção da doença.
Agora você está na “arena”! Use o seu conhecimento
para o benefício da humanidade e tente trazer uma mudança no paradigma do
metabolismo da água do corpo para a sua prática diária da medicina.